infinite corridor

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Narrador P.O.V

Saint Germain se encontrava dentro do priorado, sentado em um banco velho de igreja, ele folheava os livros com calma para não levantar suspeita alguma. Ele estava de olho em absolutamente tudo, encarando cada passo ou movimento dos monges que por ali transitavam, ele achava muito estranho que eles cochichassem apenas ali entre eles as escondidas como se tivessem com medo de algo. Homens tão devotos a Deus, por que teriam medo? Era o que Saint Germain pensava, até começar a desconfiar que eles realmente realmente eram devotos a Deus. Ele retirou algo que vibrava em seu bolso da camisa e pegou uma pequena pedrinha rosa, que magicamente começou a ascender em tons de verdes, roxos e branco, fortemente. Os olhos dele brilharam com o que via e sorriu como se estivesse achado seu tesouro.

- Está aqui... Sim. Eu encontrei.

Observando se vinha alguém, ele se levantou quando percebeu estar só, e caminhou até onde a luz ia apontando...

- É por aqui.

Ele falou baixo e procurou caminhar mais apressadamente. Adentrando uma zona escura, sua única luz era daquela pedra, desceu algumas escadas e olhando para o teto, percebeu um símbolo rabiscado no alto das paredes com uma tinta vermelha... Era estranho, ele sentia pequenos calafrios ao descer mais. Quando deu o primeiro passo, da escuridão, viu Sala subir as escadas.

- Você sabe, aonde deveria ficar, Saint Germain. - Ele disse ficando de frente para o homem, engolindo em seco, Saint Germain deu um sorriso desconfiado.

- Ah sim, com certeza eu sei.

- No entanto, você parece estar bem na minha frente. - Disse ele encarando os olhos azulados.

- Bom, é terrivelmente constragendor, de fato. Eu estava procurando um local discreto para urinar. - Disse um pouco nervoso mas se recompôs imediatamente.

- Então vá lá fora, como todo mundo vai! - Disse seco, esperando o homem sair de seu canto e dar meia volta.

- Claro, sim, sim.

- Por que acha que eu acreditaria que você estava procurando um lugar pra mijar, aqui embaixo? - Ele o olhou de uma forma grosseira.

- Bom, é que... Passei um tempo na cidade grande, livre de Frankfurt, onde banheiros costumam ser acessados por escadas. E como Lindenfeld é uma cidade civilizada e consequentemente refinada, eu pensei que...

- Lá fora. Agora!

Ordenou com a voz mansa e Saint Germain respirou aliviado dando meia volta.

- Lá fora, entendi.

Quando desceu do priorado para a cidade, ele caminhava pensativo no que tinha visto lá, um pouco distante, Rosé havia saído para comprar mais comida, pra ela e para o homem que estava cuidado, mas não deixou escapar sua boa percepção em ver Saint Germain andar por ali, pagando o que comprou, andou silenciosamente até o lado do homem, lhe dando um sorriso gentil.

- Olá. - Ela falou baixo e ele reparou na mulher ao seu lado.

- Oh, olá.

- Bom... Faz um tempo que estou observando o priorado.

- Hm, faz é? Interessante. - Disse totalmente desinteressado.

- Pois é, uma alta observação é que... Apenas monges entram e saem do priorado... Exceto você.

- É... Eu sou muito especial, sabe? - Disse se achando e Rosé riu baixo. Encarando o mesmo ela respirou fundo para sentir a energia.

- Você também é um feiticeiro. - Ela disse o pegando surpresa. - Como eu disse, sou uma boa observadora.

Castlevania - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora