Sacrifice needed

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Narrador P.O.V


     Dentro da cidade na qual Lisa, Rosé e sua tia se encontravam, era nítido que a cada rua que passavam, tudo era ainda mais absurdo do quê o que viram no início da cidade, era assustador. Porque por mais que as duas caçadoras primas já tivessem muitas missões nas costas, ainda assim, nunca viram nada tão miserável quanto aquilo. Passando por cada Avenida sombria, vazia e escura, as sombras eram feitas pelas ruínas das casas que estavam estraçalhadas e os animais e qualquer outra coisa que ali habitava estavam quase que em carne e osso, porque não tinha comida e água, eles bebiam do esgoto e fedia a urina, fezes e outros restos de partes de corpos e foi aí que Rosé assimilou que aquela cidade estava sendo protegida por vampiros,  que toda essa crueldade contra essas pessoas que em seu pensamento eram sensíveis e indefesos demais, era coisa deles, era a magia deles, e foi aí que ela foi ficando com cada vez mais ranço da raça da sua própria garota, pelo menos da parte da escória dos vampiros.

  Por sua vez, Rosé sabia que tinha uma missão principal que deveria fazer, que estava com medo de falar com Lisa, elas poderiam acabar discutindo e isso não era o propósito dela. Rosé há semanas atrás havia falado para Lisa desde a missão que tiveram em Lindenfeld que aos poucos ia sentir a sua magia se desgastando e ir embora por suas fontes de riqueza natural. Queria fazer algo mesmo sabendo que pudesse morrer futuramente, mas que não poderia dar o braço a torcer, porquê se tratando de um exército de criaturas da noite e vários outros vampiros querendo o Drácula de volta, ela precisava arduamente conseguir entrar em um portal e procurar o Nemeton, era um tanto perigoso demais. Ela estava relutante para conversar com sua prima e ainda por cima, esclarecer a sua namorada, que talvez fosse o ponto-chave para fazer ela desistir daquilo.

   Na porta de uma casa deteriorada tinha um cachorro, apenas pele e osso na procura de comida perto das latas de lixo, Rosé preferia não olhar, era doloroso demais saber que aquilo estava acontecendo debaixo do seu nariz, mas, ela não podia fazer muita coisa, embora ela fosse uma feiticeira, ela não tinha poder suficiente para trazer comida e água, e nem muito menos prosperidade para aquela cidade, pelo menos não com poder que ela tava no momento. Então Joy abriu a porta e deu de cara com uma pequena sala, do outro lado uma geladeira velha toda enferrujada e mais à frente um pequeno vão com uma cama de casal bem grande. Embora estivesse fedendo a morfo porquê os buracos nos telhados devem ter feito a chuva passar por ali e como na cidade que se encontravam o tempo era mais nublado do que o sol aparecia, talvez não desce conta de secá-la.

  Mas Lisa não se importou com aquilo, estava com a cabeça cheia de coisas, estava distante de quem ela amava e distante das outras garotas que jurou proteger e na sua cabeça só rondava as palavras daquela cigana, que depois que a guerra terminasse... Nem todas estariam vivas e... Hwasa foi a primeira a ir embora sem ao menos ensinar a Lisa como se controlar.

   Ela ainda não encontrou as respostas que deveria encontrar, ainda não teve tempo para colocar a cabeça no lugar, de sentar em alguma poltrona confortável ou então só deitar no peito de Jennie... Aquilo era o que mais apavorava à tailandesa, era o que mais a deixava com medo. Ela prometeu para rainha que não iria mais ficar longe dela, mas, não conseguiu cumprir, ela precisava ir atrás de sua tia e Rosé não daria oportunidade de deixar Lisa sozinha.

- E então, vamos simplesmente nos aconchegar em uma cama fedendo a morfo e pensar? - Rosé perguntou um tanto impaciente, estava muito escuro ali dentro, então ela acendeu o fogo na ponta dos dedos e espalhou como tochas por alguns cantos da casa, apenas para conseguir ver as coisas com mais clareza.

- Desculpa. Agora que parei para sentar aqui nessa cama com esse cheiro horrível, eu parei pra pensar em tudo que tá acontecendo a nossa volta... Eu sinto que estou perdendo minha sanidade aos poucos. Eu sou a alfa mais imbecil desse mundo. - Lisa estava se sentindo tão frustrada que era nítido em seus olhos a magoa de si mesma.

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