Painful past

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Kim Jisoo P.o.v

   Eu olhava para a estrada com atenção, meu corpo transparece calma nesse momento mas, a verdade é que estou com os nervos à flor da pele, eu sentia sede, me sentia culpada por tudo isso estar acontecendo. Eu deixei todas as chances me escaparem por entre os dedos de matar aquelas quatro vadias quando pude. Bom... O medo de magoar o coração de alguém me despertou o medo de amar depois de já ter magoado.

  Aquela vadia mereceu mesmo tendo sentimentos por mim, era incomparável sua dor da minha, ela era a culpada por eu estar do jeito que estou hoje. Embora tudo tenha acontecido como cascatas de catástrofes em minha vida... Algo de bom me aconteceu. 

- Papai? - Meu chamado foi baixo e medroso.

- Sim minha pequena? - Meu pai estava com um machado em uma das mãos, cortava alguns tocos de madeira para construir a outra parte da casinha da nossa cachorrinha, colocamos o nome dela de sininho. Mamãe colocou uma coleira com um pequeno sino na ponta para identificarmos onde ela estava,  completou um ano a dois dias.

- Tem dois homens na porta da frente. Querem falar com o senhor.

- Comigo? Como eles são, pequena?

- Estão trajados com capas pretas, o resto das roupas são tecido fino, da mesma cor da capa.

  Vi meu pai segurar firme o machado e apertar a mandíbula, meu pai era um homem alto, forte e de cabelos grisalhos, seus olhos negros eram ternos e serenos, sempre tentou passar segurança para mim e nossa família, mesmo numa época tão precária para todos do país.

- Pegue sua irmã e vão para o quarto, bom? Onde está o Jin?

- Ele saiu para ir buscar água no rio.

- Sozinho? - Perguntou tenso e eu me escorei no batente da porta tentando assimilar o que acontecia nos olhos do meu pai. Eu tinha 18 anos, filha do meio dos três filhos. Minha irmã de 8 anos se chamava Ji-yoon e o meu irmão mais velho, Seok-Jin tinha 23 anos. Era o primogênito, deveria ter sido o exemplo da família... Mas tudo o que fez foi decepcionar meus pais com escolhas idiotas para a vida dele. Um moleque ganancioso, metido a sabe tudo, fazendo tudo para conseguir dinheiro fácil.

- Sozinho, papai. - Confirmei encarando a porta da frente novamente, os homens parecia não consegui entrar em nossa casa, e pelos olhos avermelhado dos dois, pareciam querer a todo custo entrar.

- Deixe que eu cuido disso. - Ele disse e eu caminhei pegando minha irmã pelo braço, ela estava trêmula e por algum motivo desconhecido, bastante quente.
- Em hipótese alguma saia de , não convide mais ninguém que chamar aqui para entrar. Me ouviu? - Ele disse colocando o machado de prata no fogo por alguns segundos e o tirando, estava tão quente que podia ver a lâmina inteira em cor de lava, viva e alaranjada.

Castlevania - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora