Castlevania - Jenlisa

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Lalisa Manoban P.o.v

Eu estava a quase três dias trancada naquela biblioteca, graças a Rosé eu não desidratei nem ao menos morri de fome, ela fazia questão de me trazer alguma coisa. Sai apenas pra ir no banheiro. Eu ainda não tinha recebido nenhuma ligação ou notícias de Jennie ou Jisoo, ela enviou uma única carta para o meu pai dizendo que a ordem já estava sendo reerguida entre os clãs de sua linhagem. O que me incomodava é que nada chegou até mim, ela não me notificou de absolutamente nada e aquilo estava me incomodando.

Eu já havia suspirado tantas vezes em agonia por falta de entendimento, não tinha nada nesse mausoléu que eu pudesse achar para concretizar todas as minhas perguntas com respostas óbvias e diretas.

- Olha, se você tá tentando descobrir respostas aqui, não vai conseguir. - Ouvi a voz de Rosé da porta e eu revirei os olhos.

- Isso é você tentando me motivar? Sério?

- Só estou dizendo que estamos trancadas aqui a dois dias e meio e você não achou nada. Não é meio óbvio pra você que não tenha nada aqui? - Ela me olhou tão obviamente que rosnei irritada. - Calma aí, lobinha! Só tô dizendo que aqui não é lugar certo.

- E onde é o lugar certo, Roseanne Park? - A encarei com um ponto de interrogação enorme estampado no rosto.

- Não me chame assim, Lalisa! - Ela fez um bico irritado e eu acabei rindo de sua feição. - Bom... Só existem duas pessoas que sabem ao pé da letra o que você é.

- Quem? Diz logo, Rosé. Que saco!

- Seus pais, anta! Os Seus pais sabem tudo sobre essa maldição, primeiro porque veio da família do seu pai e segundo que sua mãe teve que fazer muitas pesquisas pra achar aquele remédio pra conter seu lobisomem. - Arregalei os olhos e me levantei rápido fechando os livros e os guardando na estante, como não pensei nisso antes? Rosé eu amo você, sua idiota! - Lalisa! Hey, espere aí. Onde você está indo?

- Você solucionou meus problemas, tô indo resolver o de mais, o de menos já foi.

- Então é isso? Eu só sirvo pra solucionar seus pequenos problemas? Lisa eu tô arrasada, pensei que me amasse... - Ela fez uma falsa expressão triste, limpando falsas lágrimas que nem sequer caíram e eu beijei sua testa e dei um tapa em sua bunda.

- Chega de drama, Roseanne. Vem comigo.

- Para de me chamar assim, Lalisa! Onde vai me arrastar mesmo?

- Para o inferno.

- O que? Tá maluca, eu sou um anjo e vou para o céu, me larga idiota! - Ela tentou se soltar mas eu a puxei pela mão e gargalhei.

- Vamos investigar o escritório da Kanya.

- Da bruxa da sua mãe?

- Bruxa aqui só você. - Recebi um tapa forte no ombro e ouvi seus resmungados até o corredor que ia em direção ao escritório da minha mãe.

- Você tem certeza disso? De que está pronta pra saber mais de toda essa coisa?

- Sim. Eu preciso disso, por mais duro que seja, eu preciso saber mais.