015 | É impossível te perdoar.

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quando eu avisar, coloquem os fones de ouvido e apertem o play na música.

— Joalin, calma!

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— Joalin, calma!

Não sei quem grita o meu nome pedindo para que eu fique calma, e também não sei o que a minha correria provoca. Não presto atenção em nada, apenas corro com apenas o propósito de encontrá-lo.

As batidas do meu coração estão aceleradas. Meu corpo implora por uma pausa, mas me recuso. Não me importo com o quão ofegante e cansada eu esteja, só quero vê-lo. Meu choro é audível, os soluços também. Há pessoas e mais pessoas gritando atrás de mim.

                                 "Bailey May"

Agilizo meus passos e não tento limpar as lágrimas que rolam dos meus olhos. Meus cabelos voam e as gotículas fogem para o vento.

— A senhora não tem permissão para entrar!

— Joalin!

— Senhora, não dê mais um único passo!

Abaixo a cabeça quando me aproximo e junto o resto das forças que tenho para encostar na maçaneta. Pressiono, giro, abro.

Ergo a cabeça.

Não.

Não pode ser.

Por Deus.

Meu coração agora sem dúvidas se partiu em bilhares de pedaços. Uma dor insuportável se alastra pelo meu corpo inteiro, provocando um vazio que nunca pensei que fosse sentir um dia.

Ponho as mãos na boca, e aos prantos como nunca estive antes, cambaleio para trás.

Bailey sente a minha presença e a mulher que estava sobre seu colo é afastada. Ele levanta. Sua boca está com marcas de batom e tal imagem me causa fortes náuseas. Em cima da mesa há um pacote de preservativos.

Balanço a cabeça em negação e cambaleio para trás de novo, me apoiando na batente da porta. Meu coração sangra. Um sentimento calamitoso se expande pela minha alma. Está doendo demais, muito mais do que um corte extremamente profundo.

— Joalin. — Sussura meu nome, estático.

Meus punhos cerram, meus dentes se apertam. A dor aumenta, aumenta e continua aumentando. Uma quentura corre pela minha via sanguínea.

Tudo o que eu podia sentir de ruim em um só dia se acumulou neste exato instante.

— Acho que seu marido prefere a mim. — A moça me encara com um olhar vitorioso.

— Gracie, vai embora. — Bailey exige.

Arrebento o fino cordão de ouro que ele me deu no meu aniversário de sete anos. Atiro a joia no chão e piso nela, quebrando os pigentes.

adolescente 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora