Superlativos

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Naquela noite tomei uma decisão, na manha seguinte procurei outra academia, a cara era hetero, eu tinha tido o melhor sexo da minha vida até ali e nem sequer havia rolado penetração, aquele homem era perigoso para mim, e o melhor era ficar longe, e além do mais, o cara já está arrependido uma hora dessa, bola pra frente. Meu eu pratico tomou conta e então passei a semana seguinte imerso na minha rotina

Na faculdade aquele semestre a turma do 1º semestre havia se juntado a minha turma do 2º, a turma que era de 35 alunos ficou com 70, era muita gente e eu logo queria conhecer a todos, ficava pulando de grupinho em grupinho, todo dia sentava em um lugar diferente e sempre tinha assunto. Num desses grupos conheci Wesley, era um típico rato de academia, tinha por volta de 1,85, ombros largos, fortes, corpo totalmente talhado, nem uma micrograma de gordura, pele dourada, o rosto tinha traços másculos, mas finos, um pequeno queixo, cabelos castanhos sempre arrepiados e olhos castanhos tambem, sempre com um sorriso fácil no rosto, tinha 21 anos, estava com dificuldades em um exercício e ajudei ele, começamos a conversar sobre outras coisas. Eu gostava dele, era egocêntrico, mas ao mesmo tempo muito atencioso , comigo pelo menos, não prestei atenção em como ele agia com os outros, puxou sua cadeira para meu lado e ficamos assim, lado a lado, ombro com ombro, quando deu a hora do intervalo ele sempre ia comigo, na lanchonete ele comprou barrinhas de cereal e me ofereceu uma, me apaixonei instantaneamente (pela barrinha), eu sou meio burro quando se trata do gaydar, então eu nunca percebi nada, tocava ele por que sempre fui afetuoso, fazia isso com todos os amigos, claro que tomava mais liberdade com as gurias, abraçava elas e apertava mesmo, elas amavam.

Isso durou a semana inteira, na quinta quando fui me despedir dele peguei em sua cintura, tomei um susto quando ela afundou e senti seu abdômen, mesmo pelo suéter que ele usava era possível sentir , nunca tinha visto ele de camiseta, sempre de suéter, tinha ideia que ele era sarado pelo formato e coisa e tal, mas pegar era outra coisa. Ele viu meu susto e deu um sorrisinho, ae levantou o suéter do lado esquerdo e mostrou parte do abdômen, caraca, aquilo era um trabalho dos deuses, o cara era obsessivo com isso. Deu uma risadinha sacana e perguntou.

"E ae, to bem ou não estou." Egocêntrico narcisista. Pff.

"Você come que tipo de estrume cara, porque eu quero disso tambem." Brinquei e sai da sala, estava atrasado. Estava no corredor quando ele colocou a cabeça para fora da sala e gritou.

"Hey,sua vez!"

Eu sorri e virei andando de costas e levantei a camiseta até o peito.

"Ah, de longe não vale." As meninas que estavam no corredor começaram a zuar e assoviar.

"Um dia eu deixo você tocar." Eu falei alto e ele ficou vermelho, todos começaram a rir dele, ninguém levou pro lado errado, ninguém duvidava da minha sexualidade ali, e nem haviam me perguntado nada também.

No outro dia eu sentei em outro grupo, o pessoal ficava assistindo anime no laptop durante a aula e eu me amarrei, pegaria a matéria quando chegasse em casa, antes do trabalho. Todo mundo olhava gente de canto de olho, achando que a gente era estranho, mas todo mundo sente curiosidade quanto a anime e quem não assiste não admite. Wes veio na minha cadeira e pegou meu celular, eu deixei, tinha um jogo de futebol que ele tinha adorado, eu gosto que as pessoas fiquem a vontade ao meu redor, eu apenas sorri para ele. No intervalo ele me devolveu o celular e perguntou se eu toparia siar a noite com ele e uns amigos, não tinha nada pra fazer e aceitei, passei meu numero para ele.

A tarde transcorreu calma, fui trabalhar e flertei com uns amigos de trabalho, não sabia se eles curtiam a parada ou não, então ficava brincando com eles, nada serio ou que eu levasse adiante, mas era divertido ficar nesse "ele é ou não é?" fui para casa e me espalhei no sofá, tinha saído da casa da minha mãe a um ano, aquele era uma quitinete pequena, mas era minha. Nunca levei ninguém lá, preferia encontros nas casas deles ou em motéis, rua ou banheiro nem pensar (ah não ser que fosse um fetiche que o ficante quisesse realizar).

BrutalidadeWhere stories live. Discover now