Parte B

151 12 1
                                    


Aquela noite foi um misto de felicidade e tortura. Eu quis largar tudo e correr para casa, onde esperava encontrar Gil, mas minha obrigação falava mais alto.

Por volta das duas da manha Antero veio me ver.

"Que sorriso maroto é esse maninho?"

Eu fiquei vermelho como um adolescente. "Eu achei ele, o garoto da academia."

"Não brinca! E cadê ele?"

"Mandei ele me esperar na minha casa, quando terminar aqui vou encontra-lo"

"Ele está sozinho na sua casa?"

Eu entendia a preocupação do meu irmão. "Eu sei o que tú tá pensando Ant, mas se você o conhecesse, o carinha é demais, nunca faria mal a ninguém."

"Então o que você está fazendo aqui Drezão, vai atrás dele!"

"Mas, aqui..."

"Tá tranquilo aqui agora, vai para casa, anda, some!"

Em um pulo estava em casa, ao segurar a maçaneta pra abrir o apartamento meu coração gelou, e se ele não estivesse lá?

Dentro tudo estava silencioso, eu estava ficando triste quando vi ele deitado no sofá, usando minhas roupas. Eu respirei fundo e tirei minha gravata, admirando aquela cena, o que eu não daria para chegar todo dia em casa e ver aquele garoto ali, a vontade, usando minhas roupas.

Enquanto ele dormia me ajoelhei ao seu lado e alisei-o, era lindo vê-lo dormindo daquele jeito, eu estava em conflito entre deixar ele dormir e observar ele a noite inteira ou acorda-lo e fude-lo até cair exausto, quando ele percebeu minha presença e acordou tomou a decisão por mim.

Nossa primeira vez foi incrível, apesar de todos os medos que eu tinha de machucar Gil ele me incentivava, não importava o quão forte ou rápido eu o possuía ele sempre pedia mais, ele gemia e gritava e se contorcia mas pedia mais de mim, nunca tive uma experiência tão completa na cama, nunca pude ser tão verdadeiro com alguém como fui com Gil.

Aquela foi a primeira vez que eu transei completamente com ele, mas poderia muito bem ter sido minha primeira vez, tão intensa foi a relação, e mais tarde, depois de muito sexo e um banho, quando ele me chamou de amor, minha ultima barreira caiu, eu admiti para mim mesmo que amava aquele moleque, amava-o como nunca tinha amado ninguém antes.

Os dias seguintes foram regados a muito sexo e namoro, estávamos viciados um no outro, eu queria ele a todo o momento e ele estava sempre receptível, pronto pra fazer meu cérebro explodir de tanto prazer. Nada me fazia tão feliz quanto domina-lo, o sentir tremer de tesão nos meus braços, cuidar dele e sentir ele relaxar quando estava ao meu lado.

Como eu já desconfiava, Gil era a pessoa mais gentil e caridosa que eu conhecera em toda minha vida, sempre solicito. Ele tinha orgulho de ser homem, e isso eu admirava acima de tudo, em nenhum momento vi o mínimo traço de que ele era afeminado.

Ele tinha um jeito de conquistar a todos, e quando minha mãe o convenceu de levar me em casa ele soube controlar toda a merda que minha família e eu jogamos encima dele, nesse dia tive noção de quanto ciúmes eu era capaz de sentir por ele e do quanto ele me completava, Gil era meu oposto natural, mas ao invés de entrar em conflito comigo ele me completava, olhando para Antero e vendo o sorriso estampado em seu rosto eu sabia que ele aprovava Gil, e no fim do dia todos em minha casa também aprovavam ele, até mesmo meu pai.

Gil exalava tesão, eu não conseguia olhar mais para ele e sentir vontade de estar dentro dele, naquele dia eu disse que o amava, não foi necessário ele responder, ele não respondeu, na verdade, mas apesar dele lutar consigo mesmo e contra o sentimento que nos engolia eu sabia que ele me amava, estava em suas ações, e as vezes ele me chamava de amor, mesmo sem perceber.

BrutalidadeWhere stories live. Discover now