Na semana Seguinte eu retomei minha rotina. Na segunda feira fui à academia pela manhã, faculdade, trabalho a tarde e voltei para o loft de Wes a noite com a sensação de que eu era importante para todos ao meu redor. Na academia muitos dos meus 'colegas de aparelho' me abordavam questionando meu sumiço, na faculdade eu estava rodeado por todos que eu tinha feito amizade, eu estava em todas as panelinhas, era pouco de mim para muitos grupos, eu tentava agradar todos.
Eu estava conversando com um grupo de meninas quando alguém pegou no meu ombro e me girou, fui então envolvido em um abraço forte e Junior começou a chorar em meu ombro.
"Me perdoa, Gil, por favor, foi culpa minha, eu não deveria ter deixado você sozinho com aquele cara, que bosta, eu nem deveria ter levado ele à sua casa."
Ele chorava copiosamente e senti verdade em suas lagrimas, segurei-o pelos ombros e afastei-o de mim, ainda mantendo um sorriso complacente estampado no rosto para confortar Junior.
"Isso não interessa mais. Me diz como você está, eu soube que prenderam você, você está bem, alguém te machucou?"
Seu rosto se contorceu em dor e as lagrimas agora desciam furiosamente.
"Cara, depois de tudo que aconteceu contigo tu vem me perguntar seu estou bem? Eu estou péssimo Gil, eu cometi um erro, eu preciso de você, eu te amo, me dá outra chance?"
Fui pego de surpresa, mas antes que eu pudesse retrucar Junior foi puxado violentamente para trás e atirado contra as carteiras no lado oposto da sala.
"Fica longe dele seu inútil!" Wes estava furioso, se colocou entre mim e Junior, antes que ele avançasse contra Junior eu segurei seu braço, ancorando-o. "Você já fez merda demais, seu vagabundo, se você se aproximar dele de novo eu quebro você, na verdade, eu não aguento essa sua cara de bosta a muito tempo, eu vou quebrar você agora!"
Wes desvencilhou de mim e avançou contra Junior. Num impulso eu me joguei em suas costas e abracei-o por trás com força.
Wes respirou fundo, exalou o ar lentamente e uma de suas mãos entrelaçou a minha que estava em seu abdômen, a outra estava cerrada.
"E você não tem chance mais com ele mané, ele agora é meu, meu namorado."
Eu afundei o rosto nas abas de suas costas, sentindo seus músculos e acredito que naquela hora gemi baixinho.
E então estava oficializado, para todo mundo ouvir, a faculdade toda, nossa sala toda e alguns curiosos que se acumulavam no corredor atraídos pela confusão.
Olhando ao redor percebi que muitos riam, outros estavam em choque, outros aprovavam e alguns balançavam a cabeça em negação. Priscila se ergueu furiosa da cadeira ao nosso lado e enfiou um tapa no rosto de Wes, que nem sequer piscou, apenas olhou para ela friamente.
"Você... ele... eu, ai que nojo!" e então saiu sala afora, batendo forte os saltos no chão, mimadinha.
Na mesma hora o professor entrou n a sala, Wes passou um braço ao meu redor e me conduziu até o lado oposto da sala onde estava Junior, ainda atordoado. Me colocou sentado em uma carteira a sua frente, como se quisesse me vigiar e deixou uma mão pousada em meu ombro.
Diversos colegas vieram falar conosco, demonstrar suporte ou alegria, os que não gostaram mantiveram sua opinião para si próprios (não que alguém fosse encarar ou destratar Wes. Com todo aquele porte) e ganharam meu respeito por isso.
Na hora da saída acompanhei Wes até seu carro. Antes de entrar ele me pressionou contra ele e me beijou forte, possessivamente. Eu não recusei e retribui, se algo era certo na minha vida, esse algo era Wes, ele tinha provado seu amor por mim diversas vezes, e eu não estava longe de amá-lo também, seu beijo era urgente, ele explorava não só com a língua, mas também com as mãos. Ambos estávamos recuperando o tempo perdido, ele mais do que eu, quando ele parou para recuperar o folego eu abri os olhos e olhei para ele só para constatar surpreso que ele não olhava para mim, mas para um ponto qualquer atrás de nosso, com um sorriso no rosto. Quando tentei olhar na direção ele simplesmente voltou meu rosto para si e perguntou.
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Brutalidade
RomanceUma cara comum em uma rotina comum encontra um cara extraordinário e de repente tudo muda. Quando menos esperamos somos brutalmente arrastados para nossa história de sexo, desejo e amor. Essa história é escrita pelo Emyr e foi captada do site Cada d...