Capítulo 8Amanda
O Devon só pode ter tirado o dia para encher a minha paciência. Só pode.
Não vejo outro motivo para ele estar me atormentando desde a hora em que coloquei os pés dentro da igreja, está certo que eu falei aqui para o Scott, mas ele é tão... Grrrrr!
Me irrita com uma facilidade absurda. Geralmente consigo manter o domínio sobre minhas ações e minhas respostas, mas com Devon... elas naturalmente saem. Na velocidade da luz. E quando dou por mim lá estamos nós de novo, discutindo um com o outro.
Nenhum dos jovens aqui estranha mais nossas discussões.
Quando ele esteve próximo demais do meu rosto, quando senti sua respiração morna soprar em meu rosto, ou quando vi de perto o pequeno e discreto sinal que ele tem próximo a sua bochecha esquerda, eu juro que pensei mesmo que por um milésimo de segundo como ele era bonito.
Sim, bonito. Atraente. Devon me fez pensar por um milésimo de segundo sobre isso e eu ponderei o que aconteceria se ele voltasse a ter um pouco mais de juízo, se estaríamos feitos cão e gato desse jeito, ou se continuaríamos amigos, como éramos mais novos. Quando me mudei para perto de sua casa.
Nem sempre fomos assim.
E agora, enquanto dirijo até ao Dory's, a lanchonete dos pais da Char, com Rebeca e Rodrigo me fazendo companhia ao invés de Scott, que após Rosie fazer a troca, acabou indo com o Nam, consigo pensar com mais clareza e ver não fui tola em imaginar um Devon melhor. Por mais difícil que seja nossa convivência atualmente eu não desejo seu mal e sei que o que ele está vivendo nesse momento é só uma fase, ao menos peço a Deus para que seja.
Esse Devon atual não condiz em nada com o antigo e as vezes, momentaneamente consigo ver os vislumbres dele.
Estaciono em uma vaga quase em frente a lanchonete, aguardo os meus amigos descerem e travo o carro, colocando a bolsa sobreo ombro.
- Vocês chegaram, finalmente! - Char vem ao nosso encontro, agitada.
O pessoal já nos aguarda na entrada.
- Esqueceu que quem veio dirigindo foi a santinha? Até uma múmia paralitica ganharia dela se apostassem corrida. - Devon comenta, e eu reviro os olhos, evitando sorrir.
Esse imbecil adora tirar sarro de como dirijo devagar.
- Ao menos não fui eu quem bati o carro e eu com o pé machucado. - Rebato, vendo ele levar a mão ao coração, fazendo-se de ofendido.
Uuuuuuhhhhhhhhhsss são ouvidos dos nossos amigos e ele abre um meio sorriso, como se estivesse se divertindo e já esperasse por essa resposta.
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Nossa Canção [CONCLUÍDA]
EspiritualObra Concluída. ✔ Livro I Devon Coleman é um jovem arquiteto cheio de vida, no auge dos seus 25 anos, ele pode dizer que já aproveitou de tudo e mais um pouco. Com um carro do ano, garotas para quando, onde e como quiser, presença VIP em todas as fe...