[CONCLUÍDO] Rebecca já se acostumou a despedir-se daqueles queridos ao seu coração, mas continuava a viver seus dias de forma tranquila numa cidade do Caribe.
Tudo isso mudou quando de repente se viu raptada por um grupo de piratas e obrigada a pas...
Rebecca acordou tarde naquela manhã, há muito tempo não dormia tão bem. Na realidade, era a cama mais confortável em que já se deitara.
Ela se levantou e foi até a janela, o sol estava entre nuvens e parecia que ia chover. Quando voltou sua atenção para o quarto, notou que tinha um vestido na poltrona. Ela o pegou e não acreditou quão chique era. Com variantes tons de dourado bordados no tecido branco, acompanhava um par de saltos brancos e um chapéu que ela nunca nem sonhara em comprar.
Quando tinha acabado de se vestir ouviu batidas na porta e ao abrir viu uma mulher de rosto bondoso com uma bandeja de comida.
-A condessa mandou trazer-lhe isso –ela colocou a bandeja na mesa-espero não ter te acordado.
-Imagine, eu já havia levantado. Uma pergunta, que horas são?
-Por volta das onze, o almoço será servido ao meio dia e meio.
Dito isso ela se retirou e Rebecca comeu seu desjejum.
Depois resolveu ir à varanda, a vista para os jardins era linda, Olhando atentamente, ela viu duas cabeças andando juntas, uma era loira com um chapéu e outra era morena, também com chapéu.
"O Jack e a Condessa... Como será que se chega aos jardins?".
Nesse momento seu pensamento foi interrompido com uma batida na porta.
-Sim?
-Desculpe-me senhorita, mas o almoço está servido.
-Ah, claro. Obrigada.
Ela seguiu o mordomo até a sala no primeiro andar onde seria servido o almoço, lá já se encontravam Jack e Ana. Eles levantaram o olhar quando ela entrou. Jack foi o primeiro a falar.
-Lindo traje, ficou muito bom em você –e complementou depois que o mordomo se retirou- Mas ainda prefiro o pirata.
-Realmente. Acertei mandando ele a você, nunca ficaria bom em mim, fique com ele.
-O quê?
-Fique com ele.
Nessa hora eles foram interrompidos com a entrada dos pratos.
Depois que todos saíram e as portas foram fechadas eles começaram a real conversa.
-Então... Vamos falar em algo importante ou continuar com os elogios?
-Muito bem Condessa, onde está o mapa?
-Guardado em um lugar secreto, Jack. Irei com vocês hoje à tarde buscá-lo. O que vocês sabem sobre todo esse mistério?
-Bem, nós sabemos que minha mãe, Lauren Beckey, era a guardiã suprema e deixou pistas para que achemos os mapas. Cada mapa leva ao seguinte e assim por diante. Blackew nos disse que no final disso tudo está um grande tesouro, mas é praticamente isso.
Ana parecia impressionada.
-Descobriram bastante para quem não tinha meios. É basicamente o que você disse, mais se vocês estão aqui, significa que já acharam três partes?
-Ahn, Jack?
-Sim, foram...Três partes mesmo.
-Meus parabéns. Assim que anoitecer e os empregados se retirarem eu os levarei até o quarto pedaço, até lá aproveitem a estadia aqui.
-Só isso?
-Desculpe-me..?
-É só isso que você tem para contar sobre esse mistério? Digo, e o colar de Vênus –Ana se surpreendeu ao ouvir essa palavra- os mapas, e esse tesouro?
-Bem lembrado. Eu nunca falo sobre isso, então nem lembrei de contar-lhe. Muito bem, são seis mapas existentes, se não me engano. Eles estão espalhados pelo Caribe, alguns com guardiãs e outros em lugares inimagináveis. Ao coletar todos os mapas você deve montá-los juntos e a partir de onde se encontra, segui-lo e chegará ao tesouro. Esse tesouro é uma exuberante quantidade de jóias, ouro, prata, pedras preciosas, títulos, propriedades, enfim, tudo que tenha um bom valor.
Sua expressão mudou completamente para uma mais sombria:
-Agora o colar de Vênus, você o tem?
-Sim, estava na minha antiga casa.
-E ele é realmente de ouro e esmeraldas?
-Realmente.
-E...Bem, possui algo a mais?
Rebecca deu um leve sorriso ao entender onde ela queria chegar.
-Sim, ele possui.
Já era quase onze horas da noite e Rebecca estava andando de um lado para o outro no quarto. Ana disse que iria chamá-la para irem buscar o mapa, onde ela estava?
Rebecca deitou na cama e estava quase dormindo quando ouve batidas na porta, ao abri-la vê Ana e Jack parados, a única luz vinha da vela que Ana segurava.
-Vamos?
Jack e Rebecca a seguiram pelos corredores escuros, desceram todas as escadas e seguiram pela área leste da casa. Todos iam em silêncio e foram passando por corredores e mais corredores até que acabaram em uma parede com uma enorme tapeçaria.
-Ana, tem certeza de que você acertou o lugar? –Jack perguntou com uma sobrancelha arqueada.
-Claro que tenho –ela respondeu e olhou para os lados.
Ana colocou a mão na borda da tapeçaria e a puxou para o lado, atrás dela somente uma parede branca, igual a todos os corredores. Ela seguiu com a mão, passando-a por toda extensão até que a parede se curvou para trás.
-O que é isso? – Os dois perguntaram ao mesmo tempo.
-Uma passagem secreta. Entrem, rápido!
Todos entraram e Ana fechou a porta. Estava totalmente escuro, só se via a fraca luz da vela. Eles foram caminhando reto em um pequeno declive. Depois de uns minutos outra parede sólida.
-E agora? –Jack perguntou um pouco frustrado.
Em resposta Ana começou a tatear a parede.
-Não me diga que é outra passagem secreta!
-Se você não quer eu não digo, mas me ajudem. Um desses tijolos é falso, tentem achá-lo e o forcem para trás.
Ouviu-se um som de roupas se movendo e todos os três começaram a tatear a parede de pedras. Um instante depois Jack achou a pedra solta e a empurrou. A parede foi deslizando para trás e todos entraram.
Ana ascendeu uma tocha que havia lá e toda a pequena câmara se iluminou.
No canto da parede se via uma pequena mesa de vidro com um papel em cima. Ana se dirigiu a ele e o guardou na roupa.
-Podemos voltar agora.
Mistérios e mais mistérios! Essa sociedade secreta sabia como fazer as coisas, né? Quem curte um mistério e aventura clica na estrelinha de voto lá em cima!
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