[CONCLUÍDO] Rebecca já se acostumou a despedir-se daqueles queridos ao seu coração, mas continuava a viver seus dias de forma tranquila numa cidade do Caribe.
Tudo isso mudou quando de repente se viu raptada por um grupo de piratas e obrigada a pas...
O Pérola enfrentava uma bela tempestade em alto mar. Os trovões ressoavam perto e a única luz vinha dos raios que cortavam o céu. O mar estava cada vez mais ameaçador e todos os piratas haviam ido para o convés, tentando manter o navio de pé nesse tempo.
Sem opção de onde ficar, Rebecca entrou em sua cabine, onde encontrou Ana sentada na cama.
Quando ela fechou a porta, Ana voltou-se para ela.
- Rebecca, precisamos conversar.
-Becca. – a jovem respondeu enquanto caminhava em direção à cama.
-Como assim...?
-Nós somos amigas, não somos? Então me chame de Becca.
-Certo, então... Becca, eu queria conversar com você sobre o que aconteceu ontem.
-Ontem? Você terá que ser mais específica, muitas coisas aconteceram ontem.
-Por favor, não finja que você não sabe do que estou falando, muito menos de que não se importa com o que aconteceu!
Como resposta ela só suspirou e Ana prosseguiu.
-Eu acho que você merece saber o motivo daquilo tudo. Para começar, fique sabendo que eu não gosto do Johnny...
Ela a interrompeu- Então você o beijou só para dar oi, ou talvez para dar as boas-vindas, ou claro, também o motivo pode ter sido...
-Você! –agora Ana que a interrompeu- O motivo foi você.
Rebecca tinha uma sobrancelha levantada, acompanhando uma expressão confusa no rosto.
-Eu?
-Você mesma.
-Desculpe-me, mais não vejo o como você pode ter beijado o Johnny por minha causa...
-Eu não acredito que você ainda não descobriu!
-Bem, se você está me contando agora, como poderia ter descoberto?
-Não isso. – A Condessa tinha um sorriso nos lábios- Eu não acredito como você ainda não descobriu que está apaixonada por ele!
Rebecca abriu e fechou a boca várias vezes sem emitir som algum. Depois de um tempo conseguiu pronunciar com alguma dificuldade:
-O quê?
-Haha, Becca, por favor! É muito óbvio! Mas eu queria ter certeza, por isso o beijei para ver sua reação. E devo dizer que seu olhar de ódio sobre mim foi resposta suficiente!
Rebecca estava evidentemente transtornada, levantou-se da cama e ficou andando de um lado para o outro do quarto, o que não era uma tarefa fácil considerando o quando o navio balançava.
-Ana, você não está pensando muito bem...Eu não te lancei olhar nenhum de ódio, e como você pode imaginar que eu gosto dele se mal teve tempo de nos ver juntos? A primeira vez que você o viu, foi ontem, no gabinete do Jack...E eu não gosto dele, ele é meu amigo desde sempre, eu só tenho uma forte amizade com o John, não passa disso, você está confundindo as coisas.
-Você quer falar uma coisa de cada vez? Assim eu posso responder. E querida, se aquele olhar não foi de ódio, então foi algo do gênero 'quero jogá-la ao mar nessa tempestade'. Outra, eu sei que só os vi juntos no gabinete de Jack, mais era muito óbvio. Eu vivi tempo suficiente na Corte para saber quando dois olhares não se desgrudam... Sem contar que durante a estada na minha casa, que durou um dia, você falou dele pelo menos umas três vezes! – usando o braço de apoio, inclinou o rosto enquanto olhava para a jovem na sua frente - Quem está confundindo as coisas é você, essa forte amizade é amor, estou te dizendo! Pensei em usar minha voz da experiência para te avisar.
Depois de uns minutos em silêncio, Rebecca recomeçou a falar, com uma voz calma.
-Não Ana...Veja bem, eu realmente gosto do John, mas como um amigo, um companheiro...Se parece outra coisa, deve ser somente impressão.
-Não é impressão –Ana também com voz calma- Mas se você diz que não está apaixonada, muito bem, você não está. Eu só queria que você ficasse sabendo que eu não gosto do Johnny, e o motivo do que fiz.
-E agora eu já sei...
Elas permaneceram em silêncio, os trovões continuavam a soar alto.
-Parece que a tempestade não irá acabar tão cedo, não é? –Ana achou por bem mudar de assunto.
-Parece que não...
-O que foi? Por que você utilizou esse tom?
-Ah...É que essa é a primeira vez que eu me encontro numa tempestade em alto mar.
-Eu não me preocuparia se fosse você, o Pérola parece-me forte o suficiente para encará-la. Além do mais, o Jack sabe o que faz.
-Desculpe-me, acho que não ouvi direito a última parte.
-O Capitão Sparrow sabe o que faz.
-Ow, sim. O Jack...–agora era a vez da Rebecca carregar um sorriso nos lábios- Mas me diga Ana, como foi que ele a encontrou?
-Foi um encontro bem incomum, posso dizer. Eu saí da mansão D'austria para um passeio e quando estava em uma viela vazia, ele me abordou. Tenho de admitir, de primeira impressão ele me pareceu um bêbado louco...
-Como se ele não fosse um pouco disso também.
As duas trocaram um olhar e compartilharam uma risada antes dela continuar.
-Se me permite, qual a segunda impressão que você tem dele?
-Agora que eu o conheci, ele me parece um Capitão inteligente, decidido.
-Nossa, mais algum elogio?
-Qual a causa desse seu sorrisinho?
-Bem –ela deitou-se na cama- ao meu ver, não sou eu que estou apaixonada.
-O que você está insinuando?
-Nada...Só pensei alto.
Nem vou falar nada, deixo para vocês comentarem! kkkkk
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