The End

655 28 10
                                    

-Somente um sonho, não preciso me preocupar.

Ela respirou profundamente e sentiu que um braço se enroscava na sua cintura, rodou o corpo em ao calor e sorriu ao ver que ao seu lado se encontrava uma cabeleira castanha.

Levantando-se, colocou o robe branco e abriu a janela. O sol estava forte e o céu de um azul claro pincelado com poucas nuvens brancas.

Ela deu a volta na cama, se ajoelhou e falou com voz suave ao homem deitado no outro lado da cama.

-John?Querido, acorde...

Ele abriu os olhos.

- Becca, por que me acordar tão cedo?

-Cedo? Já deve ser quase 11 horas! E lembre-se de que o Jack e a Ana já devem estar chegando.

-Ok, vamos começar novamente- ele sorriu e a beijou levemente nos lábios.

-Bom dia Becca.

-Bom dia John.

- Por um acaso dormiu bem? Porque eu senti você se revirando a noite toda.

-Eu tive um sonho turbulento, pode-se dizer. Sonhei com a nossa pequena aventura, lembra-se?

-Se me lembro? Se não fosse por ela nós não nos reencontraríamos, não estaríamos morando nessa mansão, ou eu muito menos teria passado os momentos mais assustadores de toda a minha vida.

Ele colocou a mão no lado da barriga dela, onde uma cicatriz de bala se encontrava.

Levando a própria mão até o local, pousou em cima da do seu marido.

-Isso é passado. Agora, levante-se! O Pérola já deve estar chegando e o Jack e Ana vão estar aqui a qualquer momento.

-Nunca imaginei o dia em que você iria saber da chegada de um navio pirata na cidade, guardar segredo sobre isso e ainda se encontrar com os piratas.

-Bem, a senhorita Rebecca Beckey nunca iria, já a senhora Rebecca Riverdale é outra história.

-Não sabia que casar comigo mudaria tanto essa pessoa.

-Nem eu, você é uma péssima influência pelo visto...

-Ah, claro. E os meses em convívio com piratas não afetou nem um pouco sua personalidade, certo?

-Claro que não! Você é o culpado por isso.

-Bem, se é assim...

Ele rapidamente a segurou pela cintura e a puxou para a cama, beijando-a.

-John, não temos tempo para isso, os convidados já estão chegando.

-Essa mansão era da Ana, ela pode muito bem se entreter até nós descermos.

-Por mais tentadora que seja essa proposta, eu ainda pretendo estar vestida quando os meus convidados chegarem.

Com isso ela saiu da cama e foi até o guarda-roupa. John apoiou-se nos cotovelos e ficou observando sua mulher.

-Você sabe que eu te amo, não sabe?

Ela parou de se trocar e olhou para ele sorrindo.

-Sim, eu sei.

Ele levantou-se e a abraçou por trás.

-E eu não recebo nenhuma declaração.

-John, você sabe que eu sempre te amei, e sempre irei, não preciso te dizer isso todo dia.

-Mas é claro que precisa.

-Diabos!

Ele a soltou assustado.

O Mistério do AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora