Capítulo 04

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Já se fazia uma semana desde que havia assumido o caso de S/N. Apesar de não ser um caso nada fácil, eu estava orgulhosa de até onde ele tinha chegado. Meu corpo estava cansado, aquela sexta feira havia sido bem corrida. Eu precisava de um descanso e foi exatamente isso que fiz quando coloquei meus pés em casa. Toulouse veio me recepcionar animado, quem me dera naquele dia ter o pique dele! Caminhei destruída até o banheiro. Minhas roupas encontraram o chão, enrolada em uma leve toalha, liguei a banheira, eu a usava muito pouco, mas agora estava precisando dela. Enchi até uma grande parte e coloquei alguns óleos especiais. Amava aqueles óleos e sais! Entrei na banheira e já podia sentir os efeitos milagrosos dela.

Enquanto meu corpo mergulhava, eu me sentia cada minuto mais relaxada e satisfeita. Mas quando passei minhas mãos por meu corpo, que pensei nela. Em S/N! Apesar de detestar, tinha que concordar com Isabelle, S/Não tinha um belo físico, para alguém que estava na cadeia, ela estava com o físico perfeito! Aqueles braços fortes dela, sua boca, seu cabelo que vivia naquele coque e aquele olhar penetrante. Tudo nela era muito estimulante! Oh céus! O que estava acontecendo comigo? Eu estava desejando uma detenta! Isabelle tinha razão, apesar de odiar! Quando a carência batia não existia outro pensamento que não fosse sentir o corpo de S/N contra o meu. Sentir seu membro ir fundo dentro de mim e sair, ela estava a dois anos sem tocar em alguém, aposto que seria o sexo mais selvagem da minha vida e eu estava louca para sentir!

Estava me tocando, eu nunca havia pegado o jeito, mas apenas pensar em S/N me causou aquilo. Imaginei aquelas mãos fortes e cheias de calo de tanto levantar pesos tocando em meu corpo, deslizando até onde eu mais desejava ser tocada. Dois dedos entrando em mim, me dando uma prévia do estrago que seu membro podia causar em mim! Aquelas mãos! Aquelas mãos? Naquele momento minha masturbação morreu, me levantei da banheira e me enrolei na toalha. Procurei os arquivos que Isabelle havia me passado e os arquivos policiais que havia conseguido. Era isso! Eu tinha uma prova! Como Isabelle ou qualquer outro advogado não aproveitou aquela pequena, porém essencial prova?

Naquela noite o sono não chegava, o desejo para me tocar tinha passado, tudo que minha mente projetava agora era como usar o que eu havia descoberto a favor de minha cliente. A noite inteira reanalisei todos os arquivos, até encontrar o que tanto procurava. As onze da manhã, lá estava eu, no presídio animada com tudo que tinha conseguido. Assim que a carcereira trouxe S/N, fiquei empolgada.



— Oi! — Falei eufórica.



— Olá. Você está bem? Parece péssima mais uma vez! — Exclamou ela levantando uma sobrancelha.



— Tenho boas notícias! Analisei a noite toda o seu caso e descobri algo! O irmão da vítima no depoimento, falou que a irmã dele tinha dito que você a tocou com suas mãos finas e macias, mas quando você apertou minha mão dias atrás, elas não eram macias, eram cheias de calo.



— Sim, porque eu treino! Mas mesmo que você leve isso para o júri, eles podem dizer que eu obtive esses calos na prisão! — Exclamou S/N nada empolgada.



— Pode até ser, mas essas são as suas impressões digitais quando foi presa. Está vendo essas ondas em suas mãos? Foram os calos! Calos não nascem do dia para a noite e modificam a pele da pessoa. Se suas mãos já estavam assim antes, não teria como você ter mãos lisas! As mãos não evoluem de finas para grossas em dois dias!

In My Head  (Ariana/You - G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora