Chegada a Suna

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O deserto se estendia diante de mim como uma vastidão interminável

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O deserto se estendia diante de mim como uma vastidão interminável. O vento quente levantava a areia em espirais douradas, fazendo com que tudo parecesse se dissolver no horizonte distante. A jornada até aquele ponto não foi nada fácil. Cada passo na terra árida parecia exigir um esforço a mais, e o calor implacável tornava a respiração cada vez mais difícil. Mas, ao meu lado, Sasuke seguia em silêncio, sua presença trazendo uma estranha sensação de calma. Às vezes, ele parava e olhava fixamente para o horizonte, seus olhos atentos captando sinais de qualquer possível ameaça. E, apesar da ausência de palavras, havia uma comunicação silenciosa entre nós. Eu sabia que ele estava ali, ao meu lado, e isso, de alguma forma, me fazia sentir que não estava sozinha. 

A estranha conexão que compartilhava com Sasuke, formada por anos de encontros e desencontros, agora parecia ser um fio invisível que nos unia. Um fio forte o suficiente para que, sem dizer uma palavra, ambos soubéssemos o que significava enfrentar isso juntos.

À medida que nos aproximávamos de Suna, uma sensação crescente de tensão se instalava em meu peito, principalmente depois da carta que chegou em nossas mãos, mais três crianças foram levadas na calada da noite de uma pequena vila que ficava na divisa do pais dos pássaros, todas pequenas demais para conseguir se proteger. 

O calor do deserto parecia cada vez mais insuportável, e o suor escorria por minha testa enquanto avançávamos, mas nada disso parecia afetar Sasuke. Ele seguia com a mesma expressão impassível, como se a intensidade do sol e da caminhada não tivessem o menor impacto sobre ele. De repente, avistamos as grandes muralhas de Suna no horizonte, imponentes e firmes contra o céu limpo. 

Quando finalmente chegamos aos portões de Suna, um grupo de guardas nos avistou e se preparou para nos receber. O ar estava carregado de tensão. A grande porta de madeira se abriu lentamente à nossa frente, revelando as movimentadas ruas de Suna, com seu ritmo frenético e as vozes abafadas pelos ventos do deserto. Cada passo que dávamos em direção à entrada parecia amplificar a sensação de que algo estava prestes a acontecer.

O guarda à nossa frente olhou rapidamente para Sasuke, antes de se adiantar e dizer, com um tom respeitoso, mas que não podia esconder a pressão da situação:

— Uchiha Sasuke, recebemos a notícia de sua chegada. A Kazekage já o espera.

Sasuke apenas assentiu com um gesto de cabeça. Não houve mais palavras. Era como se a confiança em sua presença fosse suficiente para garantir que seríamos conduzidos diretamente a quem precisávamos encontrar. Eu apenas segui, com o olhar atento ao meu redor, absorvendo os detalhes de Suna. O que estava acontecendo ali? O que havia mudado desde a última vez que estive naquela vila?

Conforme caminhávamos pelas ruas estreitas, a sensação de ser observada aumentava. As pessoas nos olhavam com curiosidade, mas havia algo mais em seus olhares, como se soubessem que algo grande estava por vir, algo que já começava a se desenrolar sob a superfície tranquila de Suna. O calor do deserto parecia ter impregnado não apenas o ar, mas até mesmo as almas dos habitantes dali.

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