Impossível Resistir - Serie Paradise City - Livro 2

Prólogo

É a primeira manhã que acordo com ela em meus braços; sentindo o calor do seu corpo, o perfume de morango dos seus cabelos, a maciez da sua pele contra a minha. Como eu pude pensar que conseguiria viver sem isso? Quero outras manhãs como essa. Com ela sinto que estou onde deveria estar. Onde quero estar. Ela é o meu lar.

Sua mão delicada envolve a minha, que repousa sobre sua cintura, apertando-a com leveza. Elaestá acordada. Com um leve suspiro, diz baixinho: — Estou com fome.

Sua voz está um pouco grossa pelo sono, mas ainda é o som mais doce que já ouvi. Sorrio contra seu cabelo, inspirando um pouco mais do seu delicioso perfume.

— Fome, é? — pergunto, beijando suavemente seu ombro descoberto.

— Sim. Morrendo. — choraminga.

— Então precisamos resolver isso já.

— Uhum...

Não consigo ver seu rosto, mas posso ouvir um sorriso preguiçoso em sua voz.

— Volto já. — digo, saindo relutantemente da cama. Deixo-a lá, meio adormecida, impecavelmente perfeita, com os lençóis amarrotados até sua cintura, e a pele cremosa de suas costas exposta. Uma linda visão.

Me afastar se torna cada vez mais difícil, principalmente quando ela emite um gemido incrivelmente sexy e irresistível. Mas se minha pequena está com fome, é minha obrigação satisfazer todas as suas necessidades. Um sorriso malicioso brota em meus lábios, quando imagens da noite anterior me fazem lembrar os seus outros desejos, dos quais também estou bem a par.

Visto a calça que está jogada ao lado, no chão, e caminho até a cozinha. Comprei algumas coisas desde a última vez que ela esteve aqui. Coisas que ela gosta. Encho a bandeja com comida suficiente para nós dois, e volto para o quarto. Meu plano é passar o dia inteiro com ela, mimando-a. Só pra variar. Sem outras preocupações ou obrigações. Ou melhor, apenas uma, fazê-la se sentir tão feliz como eu estou agora. Uma promessa implícita de que este é apenas uma parte de tudo que quero dar a ela.

Ela se levantou, e está parada de pé, em frente a cômoda, usando uma de minhas camisetas, que cobre quase toda a extensão de suas coxas. Seus cachos castanhos e perfeitos, estão soltos, e quase tocam sua cintura. Mesmo que esteja de costas pra mim, nunca vou me cansar de olha-la e admira-la. Ela é a coisa mais linda que já vi. Estou paralisado, e não percebo que uma das gavetas está aberta, que ela segura algo que não posso ver.

Ela se vira, ao me ouvir chegar. Seus olhos, como sempre, não dizem muito sobre o que elaestá pensando, mas posso ver claramente que eles estão tristes. Meu coração se quebra.

E, então, meus olhos baixam e posso ver o que ela tem nas mãos.

Eu desabo.