Capítulo 33

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DOIS MESES DEPOIS

MIKE

(Sim, você leu certo!)

Aos poucos uma musica insistentemente invadiu meus sonhos e meu cérebro lentamente compreendeu que esse era o toque do meu celular.

Abri os olhos devagar para ver um par de tetas na minha cara. Um belo par, na verdade. Confuso, olhei para baixo e vi dois longos pares de pernas ao redor das minhas. Ah, merda! Kelly e Kiara. Ou eram Kethelyn e Kaya? Foda. Eu não me lembrava. Não era como se eu fosse vê-las de novo de qualquer maneira. Eu também tinha esquecido que elas dormiram aqui. Muito sexo e muita bebida haviam me esgotado e eu tinha desmaiado. Teria preferido mandá-las para casa. Minhas mulheres não ficavam. Nunca.

Quando o telefone voltou a manifestar sua existência, me estiquei através da massa de corpos nus para pegá-lo sobre o criado mudo. O nome de Ron piscava na tela. Confuso, deslizei o dedo, recebendo a ligação.

- O que foi?

- Está atrasado.

- Atrasado pra... Merda! As fotos.

- Você se esqueceu? E por que está sussurrando?

- Nada.

- As gêmeas ainda estão aí não é?

- Me mande o endereço.

O som da risada de Ron foi cortado pelo fim da chamada. Maldito cretino.

Eu me desembaracei delas e olhei para as duas morenas gostosas com quem eu passei a noite. Havia embalagens de preservativos espalhados por toda parte. Mesmo no auge da bebedeira eu ainda me lembrara de ser responsável. Uma salva de palmas para mim. Eu não precisava da dor de cabeça de uma DST ou alguma criancinha melequenta atendendo pelo meu sobrenome num futuro próximo.

- É hora de acordar, garotas. Vocês precisam ir pra casa. Tenho compromisso. - falei, sacudindo as cobertas.

Enquanto eu fazia uma nova ligação, acendi luzes do quarto. Elas apertaram os olhos e resmungaram. Eu ainda não conseguia me lembrar quais eram seus nomes. Foda-se.

- Vistam-se, gatas. O táxi chegará em cinco minutos. - com um meio sorriso, acrescentei. - Foi divertido.

Esperei até que ambas tivessem se levantado e começado a procurar suas roupas e me tranquei no banheiro para que elas pudessem terminar de se arrumar. Minutos mais tarde, a voz de uma delas vinda do outro lado infiltrou através da cascata de água escaldante que cobria meu corpo.

- Estamos indo. - avisou.

- Tudo bem. - gritei de volta.

- Deixei o número de telefone sobre a mesa.

- Atencioso, mas não vou precisar. Tchauzinho, meninas.

Um sonoro "Que babaca!" foi seguido de uma estrondosa batida de porta.

Uma coisa sobre mim? Sou malditamente sincero. Sempre.

O sol no céu de Manhattan me saudou assim que pisei fora do hotel. O manobrista me entregou as chaves do meu carro, e não demorei em colocá-lo para circular pelas movimentadas ruas de Nova York.

Tínhamos desembarcado na cidade ontem à tarde, e Peter Jenkins nos recebeu com uma animada recepção em sua cobertura. A festa era para nos dar as boas vindas a Big Apple* e também para comemorar o sucesso da primeira turnê de Paradise City. Shows lotados, milhares de CDs vendidos, fãs loucos por todo o Texas... É, tínhamos mesmo o que celebrar. Os caras e eu trabalhamos duro, agora nos restava colher os frutos. Os meus recebiam os nomes de Clary e Chloe... ou quaisquer que sejam os seus nomes. A festa se estendeu para o meu quarto de hotel, e bem, o resto você já sabe.

Impossível Resistir - Serie Paradise City - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora