A lua pairava sobre a imensidão azul do céu. O clima mantinha-se gélido, no início de um inverno. A madrugada se iniciava quando Jimin acordou assustado, inclinando-se e olhando para os lados no quarto escuro, procurando por Jungkook. Este que, dormia de forma encolhida de outro lado da cama querendo respeitar o espaço do loiro ao mesmo em que o deixava com a maior parte da cama, para se remexer a vontade quando não se sentisse confortável.
O grávido lamuriou, proferindo alguns gemidos em desconforto no instante em que seu corpo despertou por completo. Sua cabeça latejava, enquanto seus quadris doíam, de forma incomoda e quase que insuportável. Aos poucos, a dor se estendeu até o meio de seu dorso. Os pequenos dedos deslizaram levemente pela pele de sua barriga, por debaixo do moletom largo de Jeon que havia pego para dormir, sentindo a musculatura de seu ventre endurecer gradativamente para em seguida contrair-se e por fim voltar ao normal, apenas para repetir tal processo deverás doloroso.
Hesitante em alarmar os pais e o Jungkook, o pequeno caminhou apressadamente até o banheiro, com os pés inchadinhos descalço, sentindo os azulejos gelados liberarem um choque quase imperceptível ao que sua pele quente e aquecida entrou em contato consigo diretamente.
O garoto de madeixas loiras e levemente onduladas pelo sono, abriu a torneira e lavou o rosto, esfregando-o com os dedinhos em seguida apoiando-se na pia quando seu corpo ameaçou enfraquecer e outra dor atingiu-lhe em cheio. Estranhamente tão rápido. No minuto seguinte, Jimin procurou pela pequena bolsa em que passou a guardar seus remédios, procurando pelos comprimidos tão precisos que o ajudaram a manter Sooyoung dentro de seu corpo todo esse tempo, para a mesmo se desenvolver com calma e para que pudesse chegar ao mundo com um bom peso e de forma saudável. Park engoliu o medicamento sem sequer preocupar-se em tomar água, sentindo o comprimido descer a contragosto por sua garganta, fazendo com que apertasse os pequenos olhos com força. Entretanto, após alguns minutos, aguardando que o efeito do remédio aliviasse aqueles incômodos, estes apenas mostraram-se piores em tão pouco tempo.
Jimin manteve-se quietinho, não querendo alarmar ninguém. Com as mãos apertando a borda da pia com força, ao mesmo em que cruzava suas pernas com tamanha força, sentindo-as tremer com a dor.
Trinta minutos de puro desespero, fizeram Jimin se render. E ao retirar a tranca da porta, retornando para o quarto, um líquido quente e em grande quantidade escorreu por suas pernas, era transparente como água e foi o suficiente para criar uma pequena poça sobre o chão, fazendo com que Jimin se desesperasse e mantivesse o corpo sob o mesmo lugar. E em seguida, sem que pudesse evitar, chorou alto, gritando. Estava assustado.
Jungkook despertou sem dificuldades. E por instinto, suas orbes castanhas caçaram o marido de forma faminta e preocupada, ainda podendo ouvir seu chorinho sofrido. Naquele momento, a cama já não parecia mais tão confortável, pelo contrário. O que fez Jeon abandonar o acolchoado em demasia pressa e desespero, observando Jimin com os olhos arregalados e a respiração árdua.
- Jungkook! - Jimin estendeu os curtos braços, chorando, como se quisesse colo. Quando na verdade, apenas queria sentir o corpo quente de Jeon o aquecendo e lhe confortando, afirmando com previsão que tudo aquilo era passageiro, e que a pequena Sooyoung ficaria bem e só chegaria em algumas possíveis semanas, em segurança e conforto.
- Eu estou aqui, eu estou aqui. - O moreno murmurou, tentando ao máximo acalmar ao loiro, mas principalmente, acalmar a si mesmo. Porque já havia notado o que estava acontecendo no momento em que observou o short de Jimin encharcado, e seus pequenos pés mantidos em poça. As íris de Jeon correram por todo quarto, desesperado, mas que logo se voltaram para o grávido.
- Chama minha mãe, Jungkook, por favor! - Os olhos de Jimin maumente se mantinham abertos, com lágrimas incessantes atrapalhando sua visão.
E sem saber o que fazer, Jungkook apenas concordou freneticamente, murmurando "tá" algumas vezes, preocupado. Caminhou em direção a porta, no intuito de seguir até o quarto dos sogros, entretanto, isso fora desnecessário ao abrir a porta e encontrar a mulher do lado de fora, com seus trajes confortáveis e olheiras visíveis abaixo dos olhos. Jimin já vinha apresentando pequenos sinais do trabalho de parto, e isso dissipou qualquer sono que pudesse ter durante a noite, com o coração transbordando em ansiedade e preocupação. Uma vovó instintivamente preocupada.
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➽Gravidez na adolescência↝Jikook.
FanfictionPark Jimin era um garoto doce e tímido de apenas quinze anos, que estava apaixonado por Jeon Jungkook, um garoto alto, de cabelos escuros e lisos do segundo ano. Mas, quando de alguma forma, acabam se aproximando, criando uma certa intimidade que am...