Capítulo 5 - 13.12.2020

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Recomendação de música: Eu preciso fugir daqui - Marcela Veiga e Ananda

- Nathan, por favor, para! – Falo tentando me livrar das garras de meu namorado que me prende firmemente contra a cama. – Eu não quero!

Ele segura meus pulsos com força e os cruza acima de minha cabeça. Ele senta sobre meu corpo o que me imobiliza completamente e, qualquer movimento que eu faça para lutar contra isso será em vão.

- Por favor, para... – Falo com a voz fraca, sinto as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto.

- Você é tão linda... – Ele beija meu pescoço e vai subindo com uma trilha de beijos lentos até chegar em minha boca onde ele ataca com um beijo feroz, o pior beijo da minha vida.

Nathan morde meu lábio inferior e sorri. Segura meus braços com uma mão só e, com a mão que agora está livre, começa a desabotoar meu shorts.

- Não faz isso... por favor, não faz... – Falo, mas minha voz sai como um sussurro, quase inaudível.

Tomada pelo desespero sinto seus dedos me penetrando, olho para cima, para o teto e me permito me concentrar apenas nas lágrimas deslizando por meu rosto incessantemente. Um bilhão de coisas passam pela minha cabeça, talvez se eu não tivesse sido tão boba e idiota isso não estaria acontecendo, é tudo minha culpa...

- NÃO! – Acordo assustada, minha respiração está ofegante.

Me ajeito na poltrona do avião e cubro meu rosto com as mãos, tentando me acalmar, mas a cada segundo que passa sinto uma pressão forte aumentar em meu peito. Sabrina, que está comendo uma maça sentada ao meu lado, me olha assustada e fala:

- O que aconteceu? - Antes mesmo de eu poder pensar em uma resposta, sinto as lágrimas deslizando pelo meu rosto. - Você sonhou com o Nathan de novo? – Pergunta tocando delicadamente meu braço com sua mão.

Não falo nada, apenas concordo com um aceno de cabeça ainda chorando. Sabrina acaricia meu cabelo e limpa as minhas lágrimas com seu polegar. Sabrina pega minha bolsa e de dentro dela tira um potinho laranja, meu remédio para ansiedade, e pego um comprimido que eu tomo com o auxílio de água.

-Vamos pousar daqui dez minutos, podemos ficar no hotel descansando ao invés de sair! – Ela fala e eu nego com um aceno de cabeça.

- Não... eu preciso sair e me distrair... – Falo e enxugo as lágrimas que insistem em cair.

Minha amiga me puxa para um abraço e dá um beijo delicado no topo da minha cabeça.

- Fica bem, ok? – Fala e eu dou um sorriso amarelo a apertando no abraço.

...

- Não deve estar tão longe! – Fala Gabriel olhando em volta, parado no meio da rua.

- Já fazem dez minutos que estamos andando debaixo de um sol de não sei quantos mil graus e nada de encontrarmos essa praia! – Fala Nicolas encostando no muro de uma casa coberta pela sombra de uma árvore grande.

- Aqui está falando que já chegamos! – Fala Sabrina lendo o mapa de papel em suas mãos.

Me aproximo dela e olho o grande pedaço de papel cheio de pequenos desenhos e letras minúsculas, logo percebo o porquê de a praia não estar aqui como Sabrina disse que era para estar.

Be brave - Now UnitedOnde histórias criam vida. Descubra agora