Theo nem se deu o trabalho de acender as luzes da fraternidade ao entrar. Clarissa segurava sua mão, os dois descalços, dando risadinhas enquanto subiam as escadas iluminadas apenas pela lanterna do celular de Theo.
- Tem certeza que não tem ninguém? - Perguntou Clarissa.
- Claro, quem é que ia viver nesse breu? - Disse Theo, rindo. Os dois caminharam do corredor até o quarto de Theo. A porta de madeira estava fechada, então Theo prensou Clarissa na parede, encarando ela nos olhos, com seriedade. - Você não está bêbada, está?
Clarissa revirou os olhos.
- Não, óbvio.
Com um sorriso safado, Theo beijou a garota na porta do quarto, levantando até que ela passasse as pernas ao redor da cintura dele. O celular estava caído no chão, e a lanterna dele era a única luz do corredor.
Clarissa segurava o pescoço de Theo com firmeza enquanto beijava ele com vontade e rápido, diferente de antes.
- Vai, abre logo a porta. - Sussurrou ela.
- Tá bom. - Theo sussurrou de volta.
- Porque estamos sussurrando? - Perguntou Clarissa, dando risadinhas. Ela pulou do colo de Theo quando ouviu o clique da porta abrindo, entrando no quarto.
- Não sei, mas é sexy. - Respondeu o garoto. Ele acendeu o abajur do quarto. Pouca luz parecia ser um bom clima para o momento. Ele conseguia ver Clarissa perfeitamente bem e as sombras no teto davam um constraste meio romântico até. - Assim está bom?
Clarissa fez que sim com a cabeça.
- Perfeito.
Ela estava deslumbrada: os olhos de Theo pareciam duas luminárias flutuando no ar... Quando a luz do abajur reluzia sobre ele, Clarissa conseguia enxergar sua pele como marfim esculpido, modelado na medida certa para deixá-la enlouquecida.
Segundos depois, suas bocas já estavam coladas uma na outra. Nenhum dos dois se lembrava de que o momento de prazer e emoção dos dois poderia magoar pessoas ao redor... Tudo que eles pensavam era que já haviam esperado demais. De um simples beijo, cerca de vinte minutos depois estavam dando um enorme passo.
Na mente de Clarissa, o que estavam vivenciando era parecido com pessoas em dieta: eram semanas, talvez até meses sem doces, a abstinência preenchendo as veias da pessoa, pra que viesse alguém e lhe oferecesse uma bala. E nesse deslize da bala, a pessoa ja havia investido em tortas, bombons e pudins, todo o tempo evitando açúcar indo por água abaixo....
Era assim com Theo e Clarissa: o beijo do desafio apenas tinha sido o estopim para aquele momento gostoso. Não parecia verdade, parecia um sonho erótico em que ambos tinham medo de acordar e não ser real. Não parecia verdade que as mãos de Theo percorriam todo o corpo de Clarissa, enquanto ele a beijava com paixão. Não parecia verdade que Clarissa sentia cada pedacinho do abdômen de Theo até a borda da bermuda com os dedos, sem se sentir culpada ou envergonhada.
Theo contraiu o abdômen quando Clarissa correu os dedos pelo cós da bermuda dele, vagarosamente, parando nos botões... Sem pressa, ela cessou o beijo enquanto encarava o rosto dele a pouca luz, aguardando ansiosamente que ela terminasse de abrir a bermuda. O garoto se arrepiou quando Clarissa passou as unhas em direção de seu baixo ventre.
- Você está me provocando? - Perguntou Theo, mordendo com força seu lábio inferior.
- Ahã. - Disse Clarissa sorrindo, alisando o pênis de Theo por cima da cueca, fazendo movimentos pra cima e pra baixo por toda sua grande extensão. - Você gosta?
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Razões Pra Escolher Você
RomanceMesmo cursando atuação, foi muito irônico quando a vida de Clarissa Rock virou uma perfeita novela barra comédia romântica. No meio de traições, atrações proibidas, perseguições e sexo secreto, ela sentia como se tivesse caindo num aspiral sem fim d...