Capítulo quatro

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Leiam com a música! as duas!

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Antes, Naboo - 2015

Você precisa de ajuda com seu cabelo? - Rose a pergunta, abanando o braço um babyliss na mão

- Uh...não, acho que vou usá-lo assim mesmo - ela se olhou no espelho de novo, suas madeixas terminavam um pouco abaixo dos ombros, eram sem graça e lambido como sempre.

Rose franziu o rosto, cruzando rapidamente o espaço entre as duas para mexer no cabelo da amiga - não, não, é nossa formatura Rey! e eu não vou aceitar um não como resposta

- Rose...sério não precisa, você já tem muito o que fazer com o seu e eu-

- Shhhh não é nada demais - a mulher mais baixa a cortou, andando pelo quarto reunindo uma escova de cabelo, presilhas e outras bugigangas que ela nem ao menos sabia nomear, Rey se sentou na cadeira da escrivaninha colocando o espelho na sua frente - Paige e eu fazemos isso o tempo todo.

- Oh - ela não saberia sendo orfão e tudo

- E você é como uma irmã também - ela começou a separar os mechas do cabelo de Rey para fazer ondas com o babyliss

Rose educadamente fingiu não notar seus olhos marejados no reflexo do espelho.

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Ben estava melancólico

Um sentimento que nunca imaginou tomar conta dele tão fortemente ao correr pelo campo de futebol uma última vez. Ele odiava aquele lugar, odiava todas as aulas intermináveis e entediantes, odiava ficar preso no mesmo local todo dia. Ben não tinha o direto de se sentir melancólico com o fim dessa fase de sua vida.

O sentimento estava lá de qualquer jeito, o inundando desde que abriu os olhos naquela manhã, com Poe pulando em sua cama como um cachorrinho feliz, o machucou ao ajudar o amigo por as malas no carro, o deixou com o peito pesado agora, roubando a bola de Hux e correndo a toda pelo campo só para ser deburrado no chão por um tranco do adversário.

Ele quase comeu terra, estando sem capacete ou qualquer material de proteção, Ben se virou de costas na grama seus olhos voltando para o céu por alguns segundos...

Tentando não ser arrastado pela onda de emoções furiosas se formando dentro dele.

Poe apareceu ao seu lado, entendendo mão para o puxar do chão. Como fez mil vezes antes, não só no campo como em festas quando Ben estava muito bêbado para se orientar direito, ou muito doente. Como ele deveria dizer até logo e desejar sorte para o amigo que sairia daqui direto para a aeronáutica.

Com alguns meses de treinamento, talvez um ano e meio. Poe estaria pilotando a porra de um caça de assalto em algum lugar perigoso.

Era muito

Em muito pouco tempo,

Como ele deveria estar bem com seu único amigo indo para a guerra?

Como ele deveria saber o que fazer da vida inteira aos dezessete anos?

- Ei Ben, você está bem? - Poe perguntou, a mão ainda estendida

Ele a pegou e se levantou, tentando clarear a nuvem negra na parte detrás de seu cérebro.

- Sim, claro

Poe arqueou as sobrancelhas grossas não comprando sua resposta, ele desviou os rosto para longe do olhar questionador do amigo. Com sorte ele deixaria o assunto

- Parece que você precisa de uma última dessas escapadas para foder sua garota secreta.

Ele parou, o sangue sumiu de seu rosto e congelou em suas veias, Ben tinha certeza que a ponta de suas orelhas estariam rosadas e seus olhos quase saltando do rosto como em um desenho animado.

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora