Time after time

Capítulo vinte e três

- Ben, não...- ela pede.

É muito tarde de qualquer maneira, ele está avançando em direção aos recém chegados com sangue nos olhos.

- Que porra você está fazendo aqui?!

Os olhos de Poe se arregalam, seu noivo pousa a mão no ombro dele en aviso.

Sua mãe o olha assustada.

- Benja-

- Não - a interrompe - o quero fora daqui - sua voz e baixa e perigosa, um aviso - agora.

- Ben, por favor-

Rey tenta acalmá-lo, porém Ben se afasta de seu toque. Ele não quer ser reconfortado ou repreendido.

Ele quer Poe fora de sua vista.

- Qualé Ben, sou eu, seu amigo-

A válvula de raiva se abre e ele voa encima de Poe. O pegando pela gola da camisa, até que rosto esteja a poucos centímetros do de Dameron e o homem esteja na ponta dos pés.

- Eu disse. Dê. O. Fora

- Benjamim! - Leia soa verdadeiramente aterrorizada agora.

A atenção de todos os convidados estão neles, com diferentes níveis de surpresa e interesse.

Ele sente Rey puxando seu braço com mais força, mas seus olhos não deixam o de Poe.

Esse assunto deveria ter sido resolvido a muito tempo, a raiva vem cozinhando a muito tempo. Transformando o sentimento em uma mágoa explosiva irreconhecível.

Ben só quer socar a cara de Poe como socou aquela pobre parede dias atrás.

- Olhe, você não precisa fazer isso aqui..-

- Você quer resolver isso lá fora então? - rosna.

- Ninguém vai resolver nada lá fora! - Rey levanta a voz também, puxando a manga de sua camisa com mais força - Ben por favor, pare.

- Resolver oque Benny? - Dameron está irritado, ele sempre recorre ao sarcasmo quando está assim - me diga que porra você tem contra mim, e então podemos resolver isso.

Ele ri, uma risada feia e estrondosa. Sentindo seu rosto esquentar e seu aperto sobre o colarinho também

- Você está falando sério?! Você tem a cabeça assim tão enfiada no seu próprio rabo que nem percebe, não é mesmo?

Dameron dá um tapa em sua mão, dando um passo para longe livrando-se de seu aperto

O noivo dele segura seu ombros, tentando falar algo com ele. Embora assim como Ben, o piloto está com muita raiva para prestar atenção a qualquer outra coisa.

- Oh, por favor, me esclareça.

- Você me deixou lá, porra! - ele grita apontando o dedo na cara de Poe. - Você me deixou lá!

- Te deixei? EU SAI POR QUE NÃO QUERIA MORRER, BEN.

- E VOCÊ ACHA QUE EU QUERIA?! VOCÊ NEM ME AVISOU QUE ESTAVA SAINDO SEU FILHO DA PUTA, SÓ FOI EMBORA E ME DEIXOU LÁ!

- Eu-

- eu nunca quis ir, ao contrário de você! - sua voz, falha, as lágrimas terrivelmente perto. Seu lábio inferior treme - não queria ir, e também não queria carregar a porra do seu caixão Poe. Eu perdi tanto por essa merda

- Não é minha culpa, eu nunca pedi para você vir comigo!

Assim que seu cérebro registra as palavras dele seu punho age por vontade própria, afundando no rosto de seu amigo de infância, ele cai no chão com o impacto surpresa.