capítulo vinte

224 20 54
                                    

Rey afundou na cadeira desconfortável, papel e caneta em mãos. Disposta a escrever um maldito livro se isso ajudasse ela e Ben a se entenderem melhor.

Tendo a tarde toda pra si depois de Ben levar Kylo para casa dele.

As palavras não vinham, sua mente divaga perdida em um ponto cego da mesa.

- Quando vocês dois se conheceram?

Ben olhou para ela, um sorriso suave no rosto.

- Em uma festa no segundo ano do ensino médio.

- Não exatamente em uma festa - corrige.

- Bem, eu estava em uma festa ela veio reclamar e uma coisa levou a outra.

- Qual uma coisa? - Holdo perguntou, olhando entre os dois 

- Bem, ela entrou pela porta como um pequeno gremilin raivoso - Rey soltou um som ofendido - ela estava a ponto de matar Poe, então eu intervi.

- E?

- Eu a levei para o corredor, para que podemos conversar.

- E nós acabamos na cama - ela termina.

Não havia julgamento no rosto de Holdo, ela olha calmamente entre eles esperando-os cobrir as lacunas.

- Nós não nos  falamos depois - Ben fala, a mágoa clara em sua voz.

Ela se lembra do nervosismo e receio em encontrá-lo depois do que havia acontecido. Não que tivesse se arrependido ou algo assim.

Rey apenas não conhecia Ben. O tinha visto de longe algumas vezes enquanto vadeando pelas arquibancadas do ginásio com Finn.

Sempre uma sombra de menino mal humorado correndo pelo campo, aproveitando de sua altura para jogar seus oponentes no chão.

Em sua defesa, ele estava sempre cercado de Hugs, o idiota e o príncipe da arrogância Dameron.

- Eu acho, não sei. Talvez tudo fosse diferente se tivéssemos conversado aquela noite.

A doutora continuou com a conversa, ao qual Rey foi respondendo cada vez mais e mais baixo. Seus pensamentos muito lendo dali.

Ela prestou atenção quando Ben descreveu não saber sobre o filho como traído, senti que ela tinha roubado algo de mim.

Não era a primeira vez que ela tinha escutado isso, no entanto não fez com que doesse menos. eu perdi um tempo que nunca vai poder ser reposto ele continuou.

- Como no inferno eu faço para reparar isso? - perguntou a si mesma.

A folha em branco não lhe deu uma resposta milagrosa. Ela suspirou, se debruçado sobre a mesa.

Quando a doutora fez uma simples pergunta, ela não soube responder.

Foi ainda pior quando ela repetiu a pergunta a Ben e ele também ficou calado.

- O que vocês são um para outro?

Sem receber resposta Holdo instruiu que trabalhassem em um modo de organizar seus pensamentos, e responder a pergunta um para o outro da maneira mais sincera possível

Rey baixou o lápis na folha, sua letra desleixada deixando a frase quase ininteligível

O que Ben é para mim?

Um cara gostoso que eu costumava transar na escola, o pai do meu filho, o homem que amava mas nunca tive coragem de dizer então eu continuava a empurrá-lo para longe.

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora