capítulo seis

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Depois, Naboo  - 2020

A chuva começa com um simples garoa, o céu normalmente azul e sem nuvens hoje está cinza escuro e quase sem luz.

Ben observa da janela de seu antigo quarto as gotas gordas de batendo no vidro da janela, elas escorrem até o parapeito e desaparecem.

Ele quer ser um deles agora.

Alguém limpa a garganta atrás dele, Ben se vira para ver Leia encostada no batente.

Sua vestido preto e formal destaca a palidez do rosto dela de uma forma horrível, ela parece doente, marcas de lágrimas são visíveis sobre a maquiagem. Olhos vermelhos e postura caída.

- Poe está aqui para nós levar.

Até sua voz soa dolorida.

Ele acena, levantando-se da cama e correndo as mãos pelos vincos inexistente em sua roupa

- Vamos então - responde, seguindo-a porta a fora.

É outono em Naboo, o que siginifica uma confusão meteorológica entre frio e calor na maior parte dos dias.

Hoje está razoavelmente frio e chuvoso, o que não impede Poe de usar o melhor terno preto que o dinheiro pode comprar.

Ele beija as bochechas de Leia lhe dá suas condolências, então se vira para Ben. Repetindo o abraço.

Ben fica rígido e sem reagir ao contato físico imediato. Faz muito tempo que teve contato humano amigável.

- Sinto muito cara, por tudo - o outro homem diz, se afastando.

Ele acena novamente, sua atenção perdida no anel de ouro do dedo anelar de Poe.

Seu amigo percebe e tira a mão de seu ombro rapidamente - tem tanta coisa para te contar! mas agora não é hora. Podemos marcar um jantar na minha casa, o que você acha?

- Bom

- Bom! depois marcamos tudo certinho - ele puxa Ben para outro abraço rápido - é bom ter você de volta, Ben.

Ele não tem tanta certeza disso.

-

A cerimônia do velório é enorme, fileiras e mais fileiras de pessoas em preto.

Han teria odiado.

Ben permanece ao lado de Leia durante toda a cerimônia, alguns velhos velhos amigos do casal dão discursos, músicas são cantadas, lágrimas e mais lágrimas descem pelo rosto de sua mãe.

Seua próprios olhos estão secos desde que recebeu a notícia do outro lado do país.

Lágrimas não parece ser o suficiente para começar o processo de cura no buraco onde seu coração estivera anos atrás.

Ele quer gritar com Han por se estressar de mais, ele quer gritar tão alto com ele que faça a vida volte ao seu corpo.

Ben quer seu pai de volta.

Ao invés disso, ele escuta as palavras de um antigo professor seu que foi amigo de seu pai contar um história, os soluços de sua mãe soando muito alto aos seus ouvidos.

Todos os sons naquela sala na verdade, seu corpo está sobrecarregado, olhos treinados em todas as saídas esperando por um inimigo que não vem.

Os inimigos ficaram em Jakku com a guerra, parte de seu cérebro sabe disso, a outra parte o faz suar frio com o mínimo sinal de tumulto.

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora