Capítulo treze

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Rey acaba passando a noite na casa dele, sem forças ou cabeça para dirigir seu caminho de volta - como se Ben fosse aceitar - ela dorme em um colchão que ele tirou da bagunça de seu escritório - na sala, agarrada ao corpo adormecido de seu filho.

Seu sono é o mais tranquilo em semanas.

O cheiro de café forte a desperta de manhã, o aroma delicioso invadindo seu olfato de forma convidativa.

O outro lado do colchão está vazio e gelado. Seu filho acordou antes dela.

Rey pode ouvir vozes muito baixas conversando ao fundo, seus sentidos muito sonolentos para fazer sentido.

Ela se eapreguiça, rolando de barriga para baixo no colchão.

- ...a piscina hoje?

- Não, Tio Poe vai vir amanhã e nós vamos todos juntos.

- Mas Ben eu queria ir hoje também.

- Querer não é poder - diz em uma voz brincalhona - agora termine seu café da manhã e vai escovar o dentes, por favor.

Kylo resmunga algo ineteligível seguido por:

-...a mamãe pode vir também?

Ben suspira, fundo e alto demais.

- Sua mãe está cansada, não sei se ela iria querer ir.

- E por que...ela não gosta de sair com você?

Rey se põe de pé em um pulo, chutando o edredon para longe. Fazendo a maior cena para acordar, com o intuito de acabar com a conversa dos dois.

Funciona, Kylo se vira na cadeira do balcão o rosto todo sujo com respingos de leite de seu cereal.

- Bom dia

- Bom dia mamãe - responde com a voz animada.

- Dia

Rey troca o peso de um pé para o outro, parada na sala sem saber ao certo como proceder. O rosto de Ben é livre de qualquer expressão, os olhos fixos nas panquecas em seu prato.

Nem parece a mesmo cara que a abraçou por tanto tempo ontem.

Ela está preste a calçar os sapatos pegar Kylo e dar o fora dalí quando ele gesticula para a terceira tigela na mesa.

- Tem panquecas no forno, leite na geladeira, cereal e café no balcão se você quiser.

Ele não olha para ela, mas seu tom é neutro.

Seu estômago ronca vergonhosamente a menção de comida, não tendo tido alimento desdo café da manhã do dia anterior.

Ela se serve de tudo um pouco, sentando-se na terceira cadeira livre.

De três...

Ela sabe que é apenas o padrão, não impede seu cérebro estúpido de se sentir brincando de casinha.

- Hum...então, hoje é meu sábado, certo?

Tenta iniciar uma conversa, se vendo louca para calar seus pensamentos.

- Sim.

- O que nós temos para fazer na sua agenda, mamãe?

Rey coloca o colher de volta ao prato, a confusão escrita por todo seu rosto.

Minha o que? Quase pergunta.

Puta merda, desde quanto seu filho tem uma agenda de coisas para fazer, ele tem quatro anos!

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora