capítulo dezenove

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- Rey, Ben. Quero que saibam que esse é um grande e importante passo - a mulher os parabeniza, Rey tem um pouco de dificuldade em levá-la a sério com seu cabelo roxo torcido em um penteado elegante - aqui vocês tem um espaço seguro, e espero que ajude com a saúde mental de ambos.

Nenhum dos dois responde.  Ben está tão desconfortável quando ela, com os ombros retos e o corpo tenso.

- É normal ficar desconfortável, sem pressão - a doutora parace ler suas mentes, Rey solta uma risadinha nervosa - algum de vocês dois já teve experiência com terapia antes?

- Não

- Sim - Ben responde, ela olha para ele com espanto. Mil perguntas passando entre eles - quando era pirralho, minha mãe me colocou por alguns meses - explica a doutora, então ele encontra seu olhar dando de ombros - problemas com raiva.

- Oh.

- E como você se sentiu sobre essas sessões?

Ben se recostou no sofá, as mãos  descendo pela coxa em movimentos nervosos.

- Eu não gostei no começo, mas agora eu tenho um certo apreço por não querer bater em tudo que vejo pela frente.

Seus olhos caem em suas mãos automaticamente, Ben percebe a direção de seu olhar e seu corpo fica tenso, a mandíbula travada. Rey desvia a atenção para qualquer outro lugar que não seja ele.

- Vocês se importam em me dizer em que parte exata querem melhorar seu relacionamento?

Comunicação  

Um leve rubor tinge seu rosto, é a coisa mais básica de um relacionamento e nem isso eles conseguem..

- Conversar, basicamente - Ben responde a dr. Holdo.

Ela olha para ele com os olhos arregalados em surpresa, cujo Ben apenas dá de ombros novamente.

- A comunicação foi usado como uma grande ponte entre as pessoa por anos e anos, alguns dizem que é a base de toda a humanidade, outros acreditam que tudo que não possa ser comunicado com palavras podem ser substituídas por gestos, atitudes entre outros. Qual a opinião de vocês sobre?

Ben lhe lançou um olhar de soslaio, permanecendo quieto.

Sua mente gira em busca de uma reposta boa o suficiente para que valesse ser expressada, como ela fez na escola,  encontrando apenas as coisas mais básicas e estúpidas a serem ditas.

- Não há responde certa ou errado - a voz suave de Holdo interrompe o silêncio, lendo a ansiedade no rosto dela - estou aqui para ajudá-los não julgá-los.

- Eu acho...hm, os dois são necessários. - Rey por fim diz.

- E oque está atrapalhando você manter essa via aberta com Benjamim?

Medo.

- Eu..- ela evita olhar para o lado, se concentrando no cabelo de algodão doce da mulher até sua visão ficar borrada - eu tenho medo, que ele vá embora de novo..

Ela acena.

- Ben?

A resposta dele sai bem mais fácil que a dela, como se estivesse na ponta da língua o tempo todo.

- Eu tenho receio da reação dela.

- Você pode ser mais preciso?

- Nunca sei como ela vai reagir, a nada - suspirou - com raiva? ou vai deixar ir? ou gritar comigo? acabo não falando nada.

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora