Capítulo sete

229 24 35
                                    

Naboo, 2020

O dia começou estranho, ele deveria saber

É estranho estar de volta a sua casa de infância, seu quarto, sua cama.

Nada parece realmente pertencente a ele.

As memórias da guerra tornaram todas que vieram antes dela desbotadas, Ben mal se lembra de dormir nessa mesma cama durante toda sua infância, ele se lembra vagamente de ser mandado para o internato, no entando.

Sem se importar em trocar seu pijama por uma roupa descente, ele desce as escadas dando de cara com sua mãe sentada no sofá da sala, a mesa de centro a sua frente está aborratada de papeis.

Estranho.

Sua mãe sempre cuidava de problemas em geral no escritório que dividia com seu pai.

- Você acordou - o cumprimenta, desviando a atenção dos papeis.

Ele fez o mesmo ao ver Han Solo e valor cerimonialista no mesmo papel.

- Sim, pensei em pegar um café da manhã com Poe

Ele não o fez, mas deduziu que não seria um grande problema convencer o velho amigo encima da hora.

- Oh, claro, me parece ótimo.

Ótimo você sair de casa, Ben, faz quase um mês é que ela queria dizer.

Leia sorriu para o filho, embora tenha parecido forçado.

- Então eu tenho que ir - passou as mãos pelo cabelo bagunçado - me arrumar, vejo depois.

- Ben

Ele parou no primeiro degrau da escada, se virando para olhá-la

- Tome um banho.

Seu rosto ficou completamente vermelho ao tomar uma reprimenda - Claro, mãe.

E subiu os degraus de três em três. Ben chegou até seu quarto olhando em volta a proucura de seu telefone, apenas para lembrar que tinha deixado no sala na noite anterior.

Não querendo encarar sua mãe fedendo novamente. Ele optou por tomar um banho antes de ligar para Poe.

A água estava gelada e não queria mudar para o quente de jeito nenhum.

Estranho

Ele teria apreciado essa temperatura no inferno de Jakku, agora só servia para deixá-lo irritado. Não demorou sob a água congelante nem ao vestir um moletom vermelho qualquer e calças.

Desceu as escadas rapidamente, dessa vez sua mãe não estava lá. Ben procurou pelo telefone no sofá, tirando as almofadas e enfiando a mão no vão no meio, nada

Ele achou o aparelho encina da mesa entre a pilha de papéis de Leia.

Seu olhos folhearam sem querer um envelope pardo onde se podia ler o nome de um amigo advogado da família e divisão de bens  em letras grandes e pretas.

Ben franziu o rosto, esticando os dedos para pegar o envelope.

Sua mãe apareceu no cômodo novamente, com uma caneca fumegante de chá.

- Você já vai? - ela soprou o líquido, e Ben esqueceu o envelope

- Sim, estou indo.

- Se divirta.

Ben pegou suas chaves, andando até a porta. Ele parou no batente olhando para a mãe - que havia se instalado novamente no sofá.

- Você tem algo que queira me contar?

Time after timeOnde histórias criam vida. Descubra agora