i wanna be yours • malisaac

capítulo 9 • inseguranças

Pov' Scott

Eu estava ouvindo a discussão deles. É, eu sei... é chato se intrometer no que não te agrega, mas os dois são meus amigos, mesmo gostando da Malia ainda, eu percebi que minhas atitudes não foram as melhores...

Levo Isaac até o portão de casa, para ter uma oportunidade a mais, de conversar com ele sobre o que houve. — Isaac... — Chamo com receio. Ele se vira de frente para mim, com um olhar irritado.

— Isso tudo foi culpa minha, me desculpa. — Admiti meu erro. — Esquece, agora já foi. — Ele desviou o olhar desanimado, parecia estar perdendo as esperanças.

— Ela só precisa de um tempo, vocês ainda vão se acertar... — Tento ser otimista, mas parecia não estar funcionando. — Valeu pelo otimismo, cara. — Ele foi sarcástico.

— Mas a Malia é difícil de lidar, não vai me perdoar tão cedo. — Dei um longo suspiro.

— Ela é assim mesmo, é o jeito dela. Não da pra se desculparem da noite pro dia, ela é orgulhosa você sabe... deixa a poeira baixar entre vocês dois primeiro. — Comento tentando fazer com que as coisas se amenize.

— Eu disse que o-amo. Sabe como é difícil dizer para uma pessoa que a ama? — Isaac lamenta. Parecia indignado.

Eu não sabia  o que falar. Era uma confusão enorme que eu não sabia como ajudar. Só cabia aos dois mesmo.

— Obrigada por ter cuidado dela ontem. — Ele me olhou com gratidão em seus olhos, e uma porção de culpa. Ele entra no seu carro se preparando para ir embora.

— O mínimo que eu poderia ter feito. — Comento. — O mínimo que eu não fiz. — Ele resmunga, num olhar impaciente.

Pov' Malia

E mais uma vez, eu estava ouvindo tudo... com mil pensamentos e paranóias sobre tudo o que estava acontecendo, não gosto de me prender nas minhas paranóias...
Scott entra pra dentro da casa dele, e se aproxima de mim.

— Você tá bem? — Ele me olha com preocupação. — Sim, estou legal. — Respondo ainda angustiada.

— Ele disse que te ama... — Ele pareceu tenso. — Porquê você não disse nada? — Eu sei que ele pode ter dito isso pra amenizar a situação. — Deduzi.

— Ele veio até aqui pra tentar se entender com você. As vezes é bom deixar o orgulho de lado... — Ele põe mais lenha na fogueira.  — Não é fácil, Scott. — Suspirei. — Preciso de tempo e espaço. — Ele assenti rispidamente.

Então eu me vejo sentada no chão, meus braços envolvendo os meus joelhos e minha mente vaga por mil pensamentos.
— Odeio me sentir confusa. — Levanto meus cabelos para cima, estava esgotada.

— Tá tudo bem se sentir confusa as vezes. — Ele se senta ao meu lado. Ele é uma boa companhia. — Minha vida como coiote era mais fácil de lidar. — Dei risada.

— Não diga isso! — Ele me olhou com desdém. — Mas é verdade. — Revirei os olhos.

— Acho que... Vou ir para casa. — Dei dei ombros. — Preciso fazer umas coisas que estão pendentes em casa. — Me levantei. — Quer que eu te levo? — Ele banca o prestativo. — Relaxa, eu vou sozinha.

Ele me levou até o portão da sua casa, eu estava prestes a ir embora.

— Obrigada por tudo, Scott. — Sorri com gratidão. — Você é um ótimo amigo. — Envolvi o mesmo em um abraço apertado.

— Eu... torço mesmo para que vocês se acertem. — Ele me olhou com confiança. — Scott... — Eu ri. — Não precisa fingir, eu sei que você não apoia nenhum um pouco. — Desdenhei.