A forca...

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°Rebecca

Depois de passar uma hora estudando e uma tentativa para tirar uma soneca, eu paro um pouco, desço para comer alguma coisa e assim que chego ao topo da escada vejo minha mãe e Arya sentadas no sofá assistindo uma série de mistério.

— Pensei que não ia descer mais. — Fala minha mãe. — Você estudou demais minha filha. — Ela me repreende.

— Mãe, eu estou em duas semanas de provas, e daqui a três dias eu estou livre, a ultima prova é a da professora mais exigente e por isso eu preciso me esforçar pra tirar uma boa nota. — Eu falo e em seguida vou para a cozinha e preparo um sanduiche e pego um suco que está na geladeira, e volto para a sala.

— Rebecca, sua mãe tem razão, você está estudando demais, você precisa parar um pouco. — Falou Arya. — Outra coisa... Não sei se reparou mas eu ainda tô aqui, dentro da sua casa, comendo mil torradas com creme de avelã e assistindo séries com a sua mãe ao invés de estar fofocando agora da vida alheia com a minha melhor amiga mas nããoooooo, e sabe por que? Por que ela resolveu me abandonar. Isso mesmo! Me deixar largada em pé do altar e...

— Ah Arya! Você é muito dramática. — Interrompi revirando os olhos. — Vem! Vamos deixar as fofocas em dias...

Ela sorriu contente e veio até mim. Nós subimos juntas as escadas e ela vai direto para o meu quarto e se joga na minha cama, eu começo a comer o meu sanduiche, não demoro comendo, e depois de alguns minutos eu termino de comer.

****
Estávamos deitadas uma do lado da outra no chão, quer dizer, não diretamente o chão, porque tinha um tapete felpudo esquentando nossas costas. Ficar em casa sem ter o que fazer ta sendo um verdadeiro inferno. Suspirei fundo chateada, encarando para aquele teto do meu quarto, que provavelmente já deveria estar enjoado de tanto olhar pra minha cara. Quando do nada a garota ao meu lado faz solta pergunta aleatória. Porém nem tanto assim.

— Do que você tem mais medo, Rebecca?

Engulo seco e respondo com toda sinceridade.

— Perder meus pais... Sem eles presentes na minha vida, eu não saberia o que fazer.

Arya respirou fundo e passou seus cabelos para o lado, quando fez ela torceu o lábio inferior e disse:

— Tenso. Eu também não saberia como resolver meus problemas sem eles por perto. — Disse ela sendo irônica e nós rimos daquilo. Mas logo o seu sorriso esvaiu-se. — É sério Becca... Estou com medo, eu sei que deveria ser mais corajosa, mas... Não consigo...

— Ei. — Chamei interrompendo ela. — Vai ficar tudo bem. Confie em nós.

— Ah! É... c... como? — Gaguejou, sentindo-me meio mal por tudo isso.

— Eu não sei. Mas até lá estarei com você o tempo todo. E... eu prometo que farei de tudo pra nos livrar desse psicopata infeliz, vamos sair dessa Arya... — Guaguejei nervosa. — E ainda vamos curtir, beber, e... Nem que pra isso eu tenha que morrer... Tudo tem um fim!

Arya assentiu sem responder indo para a janela, e sentando nela. Respirei fundo me levantando também e indo até ela.

— Tem alguma idéia de como vamos derrotá-lo? — Ela perguntou com o tom triste. Chegando lá eu nego com a cabeça. Embora seria bastante útil naquele momento. — Eu sei como podemos...

Arregalei os olhos com a expressão de surpresa. Como assim? Ela sabia esse tempo todo e não dissera nada.

— V...Você sabe...? — Perguntei e ela assentiu, suspirei. — Então você sabe como podemos destruir o palhaço...? — Perguntei de novo e ela assentiu com a cabeça.

CLOWN - História De Terror - Vol Único (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora