Já faz uma semana.
Uma semana.
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Caminhei lentamente pela calçada molhada. Minha bota preta tinha gotas da chuvas. O céu estava cinza. Era segunda feira. Tinha passado uma semana que eu não ia à escola, uma semana que eu não via os meus amigos. Eu tinha pedido pra eles não me ligarem ou me visitasse, pois precisava de um tempo sozinha.Apressei os meus passos, tropeçando em um buraco da rua dando de cara com o bueiro de esgoto. Me levantei da pista, xingando coisas baixo, logo atravessando a portinha do jardim, entrando dentro de casa e, trancando a porta da sala depois. Meus pais resolveram colocar uma porta nova agora que a última foi quebrada. Eu não contei pra eles o que de fato tinha acontecido, então disse que a ferradura estava velha, e que quando fui abrir, ela quebrou, mais todo mundo sabe que não foi bem isso...
Deixei as sacolas de supermercado em cima da mesa e subo para o meu quarto. Meus pais resolveram deixar suas viagem à Nova York de lado por minha causa, enquanto os processos das investigações do FBI ainda estão em andamento. Entrei no meu quarto, abri a janela, me sentando no parapeito dela e fico só apenas observando a chuva cair ferozmente.
— Oi? — Chamou alguém com voz de criança.
O quê...? Criança!
Virei meu rosto em volta do meu quarto, mas não vi ninguém. Desci da janela e pergunte:
— O-oi...?! Quem é você? — Disse, gaguejando. — Olá?!
Nada. Apenas o barulho da chuva lá fora. Não, não havia mais ninguém aqui comigo. Eu estava sozinha?
Olho para a parede perto da porta, estava escuro, mesmo assim encarava tentando ver algo de anormal. Não há nada ali. Me volto para a janela, quando a voz me chama pelo nome...
Virei-me devagar, e em fração de segundos uma imagem de uma criança; sexo masculino se formou na parede, e em seguida apareceu um rosto suave e alegre.
E estava na minha frente um menino de cabelos negros, pele alva, por volta dos sete anos de idade, ele usava boina na cabeça, um macacão azul e uma blusinha listrada vermelha por baixo dos anos quarenta. Estava de sapatos pretos e o nariz pintado de vermelho como de um palhacinho.
Acho que minha boca cai lentamente. Olho para o fantasma e olho de novo e de novo, sem acreditar.
— Oi Becca. — Comprimentou. Ele parecia angustiado, apesar de toda aquela luz.
— O-Oi... — Engasguei, apertando o bolso da minha bermuda, me afastando uns dois passos.
— Não tenha medo... Eu não vou te machucar.
— Q-Quem... É você...? — Inquiri curiosa. — E o que estava fazendo no meu quarto?!
— Meu nome é James Sherman.
— O que quer comigo?
— Te ajudar, minha caro.
— Como? — Indago confusa.
— Becca você corre um grande perigo! — Alertou, e eu fiquei mais confusa ainda com tudo aquilo.
— Perigo, como assim?
— Há muitas coisas que você ainda precisa saber...
— O quê?
— Isso é uma coisa que não posso dizer.
— Porquê?! — Rebati.
— Muito em breve... você vai saber toda a verdade.
— Do quê? — Insisto.
— Becca... Eu sempre estarei protejendo você.
— De quem? — Retruco.
— Tenho que ir. Não posso ficar muito tempo. Tenho que voltar...
— Sim. Vai lá.
— Só toma cuidado com o Jack. Ele é um Palhaço.
— Espera aí, de quem? Quem é o palhaço?! — gritei mas já era tarde. Ele deu seu último aviso, e sumiu, deixando um cheiro de morte no ar.
Palhaço...
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CLOWN - História De Terror - Vol Único (CONCLUÍDO)
HororSe você ouvir três batidas na porta, não abra! Me chamo Rebecca Dylan e relato essa infeliz história que aconteceu comigo e com meus amigos. É, parece parte de um filme de terror, mas o que aconteceu foi real e assustador. Meu Deus, nunca vou esquec...