CAPÍTULO 6__ Você não deveria estar aqui

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A cena do crime estava repleta de pessoas curiosas. Estacionei uma quadra antes e fui andando até lá. O corpo estava estirado no chão da calçada, a polícia não tinha suspeitos, arma do crime, ou qualquer prova, o que era uma das causas para o FBI se meter. Não só por isso, mas por esses acontecimentos estarem estampados em cada jornal e noticiário.

Então não iriam estranhar o caso de uma agente do "FBI" estar aqui.

Me aproximei do local e o policial me parou. Mostrei minha credencial "Sophia Williams, Detetive do FBI..."

Sem puxar assunto ele abriu passagem para mim passar, me ajoelhei de frente ao corpo e afastei o plástico do rosto do cadáver. Era uma mulher, ela estava pálida como a neve, e magra demais, sua expressão era de pavor, com certeza, teve a morte mais dolorosa e prolongada. Os vampiros devem ter sugado todas as suas energias.

A Périta, que analisava a cena, parou ao meu lado e com um bloco de notas em mãos começou a falar:

- Hemorragia, não deve ter nem 48 horas que a pobrezinha morreu. Foi uma morte lenta e dolorosa.- ela soltou um suspiro e se manteve em silêncio por um longo tempo. Mas então voltou a falar.- Jhenifer Miller, 23 anos. A garota era bem conhecida na cidade, parece que foi vista por último em um bar aqui perto, antes de sumir do mapa, estava desaparecida á 5 dias. Até agora.

Ela retirou o plástico que cobria o resto do corpo e mostrou os cortes que tinham espalhados no corpo da vítima, em lugares certeiros.

Os vampiros sabiam onde cortar para mantê-la viva o máximo de tempo.

Ela me contou tudo que sabia sobre o corpo, a garota loira a minha frente contava tudo com um ânimo assustador, como alguém seria tão animado mesmo estando diante de um cadáver?

Céus.

Voltei a analisar o rosto da garota, afastei seus cabelos ruivos e vi seu pescoço, marcado com pequenos e diversos furos, marcas de dentes.

Eram muito óbvio quem tinha feito aquilo.

Eu não sabia era seu esconderijo, mas como todas as outras garotas, ela foi vista por último em um bar...

- Pode me passar o nome desse tal bar e onde fica?!- chamei a atenção da loira que ainda analisava o cadáver, atenta a cada arranhão.

- Claro. O Doker's fica á duas quadras daqui. - ela apontou para o lado esquerdo da rua.

Agradeci por todas as informações e deixei a cena do crime.

Decidi ir até o Doker's andando mesmo, já que era a duas quadras dali.

Quando olhei para trás e vi o lindo Impala 67 parando perto da cena do crime, estranhei.

Vi aquele mesmo carro parado no hotel onde eu estou hospedada, e também juro ter visto ele em algum outro lugar, mas não recentemente.

O bar era bem próximo, como a Périta havia dito.

Ao adentrar o lugar, que mesmo de manhã estava bem agitado, todos os olhares se voltaram para mim. Os homens e as mulheres curiosos que estavam no local, me analisaram de cima á baixo e cochicharam entre si.

Fui até o balcão ignorando os olhares me acompanhando a cada passo.

- As pessoas daqui não são bem educados. - o Barman bonitão falou se aproximando de onde eu estava assentada.

- Percebi.- falei apoiando os cotovelos sobre o balcão velho de madeira.

O barman abriu um sorriso bonito, quase me tirando o fôlego.

Supernatural_ The descendantOnde histórias criam vida. Descubra agora