Supernatural_ The descendant

Capítulo 23_ súditos

Observei a velha capa de couro preto com símbolos marcados em vermelho sangue. As páginas eram tão velhas e sujas quanto os feitiços de magia negra descritos ali, passo á passo, como um livro de receitas.

Obriguei Alyssa a me devolver o objeto encontrado na minha cena, assim, voltamos ao acordo.

--Elas trocaram mensagens nos últimos meses, a Sarah era de outra fraternidade e participavam de uma sala de conversas on-line que se auto denominavam "guerreiras do inferno". Mas algo deu errado e as duas brigaram feio nas últimas noites. Lindsay ameaçou e perseguiu Sarah, temos denúncias da mesma duas noites antes de sua morte, onde ela falava que tinha uma pessoa na sua casa em plena madrugada, a polícia achou que era trote já que por mais que Sarah gritasse, eles só escutavam um chiado ensurdecedor.

- E depois de Sarah, 3 noites depois, Lindsay foi encontrada morta da mesma maneira...- continuei, bebendo outro gole daquele café forte. Ficamos dois dias procurando essas provas, tudo porque Alyssa não quis entregar nada. Eu até tentei invadir o quarto dela pra ver alguma coisa a mais... Ela atirou em mim!

Depois ela teve que me curar, mas ainda sim, ela atirou no meu ombro!

A garota realmente está levando isso a sério.

Obviamente há muito mais por trás da morte dessas meninas. Não é possível que entregariam um livro desses na mão de uma iniciante descontrolada! O livro não era pra estar lá.

-- E se Lindsay roubou o livro e pagou por isso?- a ideia fazia sentido

- E o que Sarah teria feito para morrer?- questionou meu irmão, virando sua atenção para mim.

Dois toques na porta, era a resposta de Deus, do universo ou alguma dessas teorias por aí.

- Irmãos Whinchester?- uma voz baixa e trêmula nos fez ficar em alerta já que certamente não era Alyssa. - Por favor... E-eu pre-ciso de ajuda.- entrecortada e amedrontada, podia ser um truque, mas só iríamos descobrir se abrissémos a maldita porta.

Sacamos as armas no mesmo tempo que ouvimos um latido, não era um cachorro inocente, com certa raiva por estarem invadindo seu território ou algo banal.

Até porque, o território daquele tipo de cão era no inferno.

Rugiam ferozmente. As batidas da garota da porta se intensificaram, agora, desesperada por ajuda.

Sam ignorou os princípios de caçadores, correndo até lá e abrindo a porta, se deparando com o corpo frágil da mulher negra que caiu em seus ombros, ele a puxou para dentro do quarto. Em ação, peguei o sal e o espalhei pela janela e porta, afim de manter as feras afastadas.

Droga, podia arranjar briga sem me preocupar com um demônio, agora, aquele ser era invisível e implacável!

Não! Não iria chamar Castiel depois de tudo. Merda, Alyssa estava no quarto ao lado sem nenhuma proteção e inconsciente dos problemas que estão rolando aqui! E se a encontrarem?

-Ligue para ela!- meu irmão gritou em desespero, pensando na mesma coisa que eu. Ele acudia a mulher e tentava mantê-la acordada, ela sangrava e se contorcia de dor mas eu não estava preocupado com quem ela era ou porque estava aqui e como sabia quem éramos.