Alyssa Baker, a caçadora implacável que carrega um poder misterioso e extraordinário cruza o caminho dos dois irmãos cujo o trabalho agora era achá-la e mante-la sobre vigilância e em segurança, o que era difícil quando todos os monstros que a escur...
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Bob gemeu de dor quando a demônia espremeu os dedos em sua direção. Os Whinchester avançaram em defesa indo parar na parede antes mesmo de alcançar a coisa.
-O que você quer, Morgan?- perguntei entredentes.
-Você sabe bem o que eu quero.- disse, com um sorriso brilhante em seus lábios.
-Você acha mesmo que vai conseguir me matar?- sorri com deboche, ela arqueou a testa e sorriu da mesma maneira.
-O intuito não é esse, querida.- se aproximou lentamente de mim, eu não recuei, continuei firme a encarando, cara á cara, o que pareceu a irritar ainda mais. -Seja corajosa e lute, como seu pai lhe ensinou.-sussurrou com desprezo, perto demais de meu lóbulo, seu tom de voz me fez estremecer, e ela não deixou meu vacilo passar despercebido.- Lute, como Susan.- com a fúria me tomando por inteira, ergui a perna e chutei o corpo da mulher magra que bateu com as costas na parede do quarto, a ouvi resmungar de dor com o impacto, a porta se abriu e de lá surgiram mais quatro homens fortes e altos com seus olhos completamente negros.
-Não é muito educado entrar em uma festa sem ser convidado.- Dean se remexeu, ainda pendurado na parede, a mulher morena que acabara de se levantar do chão fez um sinal com as mãos e Sam gritou de dor, Dean lançou um olhar de preocupação para o seu irmão e respirou fundo.-Vai ser um prazer te mandar de volta pro buraco do qual você veio, sua...-- antes que ele terminasse a frase, ela apertou novamente os dedos, o fazendo se contorcer e gritar de dor como Sam.
Fechei os olhos e me concentrei quando os cinco demônios me cercaram.
Eu tinha que conseguir...
-Não tente isso.- por um momento a voz de Morgan pareceu vacilar, o que me deu ainda mais forças para continuar.
Espremi ainda mais os olhos e tentei ignorar tudo a minha volta, como meu pai me ensinara. As vozes pareceram cada vez mais distantes, no meio daquela escuridão, a voz calma de Castiel ao longe me chamava.
-Você é muito mais do que pensa...Você é muito mais, Alyssa. Se concentre.- a imagem do meu pai veio em minha mente, ele sorrindo enquanto acariciava meus cabelos, a imagem se distorceu rapidamente, agora meu pai sangrava, a única coisa que eu conseguia fazer era gritar e chamar seu nome repetidas vezes. Susan apareceu ao lado do meu pai, o corte profundo em sua garganta não parava de sangrar, juntos, meu pai e Susan apontaram em minha direção e repetiram as palavras que me assombravam dia e noite.
"A culpa é sua." repetidas vezes, enquanto apontavam pra mim, suas vozes foram ficando cada vez mais grossas, cada vez mais sombrias.
''Não, não é'' eu dizia para mim mesma, como forma de consolo.
