-Ele não está aqui, Dean.- Aly correu até mim, já estava sem fôlego por tamanho esforço, ela já tinha procurado na festa inteira, nas ruas, perguntado a estranhos sobre o paradeiro de Sam.
Nada, nem rastros.
O Impala ainda estava ali, mas quando nos demos conta da furada que a bruxa traíra nos meteu, ela já tinha levado Sam no carro de Alyssa
Liguei para ele mais vezes que posso contar e a única coisa que ouvi foi o recado da caixa postal.
Mas, quando Alyssa também tentou ligar, obteve sucesso. No viva-voz ouvi suspiros do meu irmão e logo a mulher interrompeu uma ameaça de Alyssa que eu não consegui prestar atenção, estava aflito demais para pensar em qualquer coisa.
-É melhor se apressar, querida, seu amigo faz parte do sacrifício.- foi tudo que conseguimos, a chamada foi encerrada e o aperto no meu peito aumentou.
-Eu sei onde ela está.- após longos segundos ela comentou, com um olhar baixo e voz incerta.- No fundo, ouvi um trem, há uma estação perto.-- ela atraiu minha atenção, pousei os olhos em sua mãos trêmulas que ainda seguravam o celular.
Pensei por alguns instantes, assim que cruzamos a cidade, passamos por uma linha de trem e havia alguns prédios abandonados por ali.
-Sei onde é, vamos.- ela puxou a chave do carro da minha mão antes de alcançarmos o impala.- Não estou para brincadeiras, Alyssa.- disse ríspido, ela revirou os olhos em resposta.
-Não vamos salvar seu irmão se não chegarmos lá vivos.- disparou, sentando no banco do motorista e ignorando minha carranca. -Sem tempo pra teimosia, Dean, entra logo!
Me rendi e obedeci ao comando, porque mesmo que eu não fosse admitir em voz alta, eu estava realmente aflito demais, distraído com pensamentos mórbidos sobre o que poderiam estar fazendo agora com Sammy, ter alguém pra me ajudar é realmente aliviante já que nunca foi assim.
Eu guiei Alyssa pela cidade e demorou quase meia hora pra chegarmos aos trilhos, estacionamos o carro 2 quadras antes para tentar abordar o inimigo de surpresa, por mais que (provavelmente) estivessem esperando por nós.
Em meio á quatro outros prédios, havia um único que tinha luzes acesas e vozes vindo do interior, eles não estavam sendo discretos, obviamente queriam nos atrair.
-É uma armadilha.- sussurrei para a garota que estava do outro lado da porta do pequeno lugar, haviam apenas dois andares e o térreo, é de lá que vinha o barulho.
-Eu sei mas o único jeito é se jogar nela e ver aonde nos leva.- guardou a arma empunhada, eu não repeti o ato, me recusava a abaixar a guarda e me render aos jogos de bruxas.
-Não vou apostar na sorte.- murmurei, olhando pela janela próxima á porta, vazio e escuro era como o cômodo se encontrava.
-Tarde demais.- respondeu erguendo sua perna e chutando a porta, escancarando a passagem e anunciando nossa chegada. As vozes se silenciaram e a descendente fez sua entrada.
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Supernatural_ The descendant
AléatoireAlyssa Baker, a caçadora implacável que carrega um poder misterioso e extraordinário cruza o caminho dos dois irmãos cujo o trabalho agora era achá-la e mante-la sobre vigilância e em segurança, o que era difícil quando todos os monstros que a escur...