Capítulo 11: When The Night Falls

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Sinto que meu cérebro irá se desmanchar de tantas dúvidas que me massacram a cada segundo. Coisas inacreditáveis e que eu nunca imaginei que pudessem ocorrer, desenrolaram bem diante de mim, arrancando o chão dos meus pés e minha sanidade mental de forma brutal.

Não posso saber exatamente o quê, mas sinto que estou sendo perseguida, aliás, eu estava sendo seguida há semanas por aquela figura que decidiu me atormentar subitamente. E, de brinde, ainda trouxe-me, com requintes de crueldade, pesadelos horrendos que surrupiavam as minhas noites de sono.

Arrependo-me de não ter contado para William ou Mellanie antes. Talvez, de alguma forma, eles poderiam ter me ajudado. Mas como? Com isso tudo que ocorreu, agora eu tenho o conhecimento de que aquilo pode ser uma espécie de energia maligna. Sei que, de normal, o homem encapuzado não tem nada.

Afinal, se fosse o caso de ser apenas um louco fugitivo de um manicômio perseguindo mocinhas inocentes, eu não sentiria calafrios e um medo destruidor me apossar no mesmo instante em que ele aparecia repentinamente pra mim. Não era um medo comum. Nenhum fato real poderia explicar aquilo e, não saber o que está acontecendo, está acabando comigo internamente.

Aqueles sons, as aparições bizarras... Aquela espada reluzente ter surgido feito mágica na mão de Nathan... Droga! Eu tento buscar uma justificativa plausível pra tudo isso, porém, eu sei que não há uma. Minha massa cinzenta trepida e impede-me o tempo inteiro de pensar em algo que realmente possa explicar todas essas situações místicas ou seja lá o que for, já que meu coração alerta-me friamente do contrário.

Pensei tanto que nem notei que já corria há um bom tempo. Quinze minutos, talvez. Minhas pernas já começavam a doer e meus pulmões projetaram um pequeno sufocamento pela minha garganta por falta de oxigênio. Curvei meu corpo e apoiei as mãos em minhas coxas, afim de tragar um pouco de ar. Meu peito subia e descia por conta da exaustiva corrida e gotículas de suor escorregavam pelas minhas têmporas.

A noite, parecendo possuir o conhecimento do que estava acontecendo, iniciou uma formação de densas nuvens esbranquiçadas e carregadas. Uma gélida ventania percorreu pelo meu corpo, causando-me um frio que fez congelar-me pelo fato do meu corpo encontrar-se quente pelos movimentos rápidos e contínuos. Olhei em volta.

Não tinha ninguém e muito menos sabia onde eu estava.

Céus, o que devo fazer? Eu até poderia ir para casa de Melly, entretanto, se eu estou correndo perigo como Nathan disse, consequentemente, colocaria minha melhor amiga na mesma situação que eu.

Nathan...

Será que ele está bem? Por favor, Deus, o proteja e que nada de ruim aconteça com ele. Eu lhe peço.

E se eu avisasse a Will? Sim! Ele... Ele parecia saber de certas coisas e... Ele pode saber o que deve estar acontecendo! Eu tenho que ligar para ele e pedir para que ele volte agora mesmo para Nova York!

Tateei meus bolsos e... Droga!  Meu celular havia ficado em casa e estou sem um tostão no bolso. Parece que o planeta Terra, em junção com todas as galáxias, tomou a decisão de realizar um complô contra mim para me prejudicar.

Tendo meus pensamentos interrompidos, senti espessas gotas de chuvas se colidirem em minha pele que, agora, encontrava-se fria.

— Calma, Sky. — sussurrei para mim mesma tentando recuperar o ar. — Vai dar certo. Nathan vai vir te buscar e vai ficar tudo bem.

Como ele irá me encontrar? Eu não sei... Mas algo dentro de mim diz que ele me alcançará e eu tenho que manter o pensamento positivo, afinal, ele havia me prometido.

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