Capítulo 11.1

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— 3 Dias depois.

O dia amanheceu chuvoso, mas nada que comprometesse o que planejei com Nowa. Durante o dia fomos até o Pub que deixamos de ir naquele dia. Houve muita música, diversão, bebida que eu nem sequer experimentei e, sobretudo, muita conversa. Mas eu sequer consegui contar para ele o que sentia em relação a Johanna porque realmente era uma confusão, uma oscilação entre a baita expectativa que criei de ter uma mulher dando em cima de mim e depois saber que ela realmente era o que eu idealizei: uma amiga.

Da mesma, não fiz questão que ele soubesse daquilo, pelo menos não dessa vez.

Eram aproximadamente 17h30 quando minha mãe e eu fomos ao mercado mais próximo para comprar algumas coisas com o meu extra para ofertar o jantar a Johanna. Compramos coisas realmente caras que em outras situações não compraríamos e aproveitamos para reencher a dispensa para o mês que tende a ser um dos mais frios apesar de ser verão.

A tarde estava agradável e após a chuva só restou o asfalto molhado com um cheiro delicioso. O clima estava úmido e parecia que não choveria mais já que até mesmo uma fresta de sol deu as caras.

Nós passamos pelo setor de carnes e eu estava empolgada para comprar algo que ela fosse comer. Mesmo que eu não fosse comer dessa carne, nós compramos vitela, um peru médio, legumes, frutas, bebidas e sobremesas.

Quando chegamos, mamãe já estava exausta, mas da mesma forma não abandonou as luvas de cozinheira e pôs a mão na massa para fazer algo gostoso.

— Parece empolgada para dar um jantar a sua amiga, filha.

— E estou, mamãe. Johanna é soberba, mas sabe ser humilde quando quer e tem um grande coração. Acredito que ela saberá aproveitar o seu jantar. Já te contei que ela é médica?

E que tem seios maravilhosos?

— Sim, querida, duas vezes. Sente que ela é uma amiga de verdade?

— Mais do que isso, mamãe. É uma pessoa de valores e extremamente simpática que sabe falar e sabe ouvir, além de ter muitas coisas para me ensinar graças ao fato de que é mais velha.

— Tome cuidado com as suas expectativas, Cecilia.

As maiores expectativas que eu tinha foram combatidas quando me peguei várias vezes pensando naquele momento em que perguntei o que as rosas significavam e ela falou simplesmente que era apenas um gesto de agradecimento, e não um amontoado de outras coisas que na minha concepção, indicava que ela gostava de mim e ou que fosse lésbica e estava dando em cima de mim.

— Eu não crio, mamãe... apenas tento acreditar que as coisas podem melhorar se eu começar a andar com pessoas tão positivas quanto Johanna e Nowa.

— Pois bem, gosto da maneira que fala, espero ansiosa para conhecer essa amiga tão especial para você.

Ela se vira para mim na direção da mesa e me serve um sanduiche simples com um pouco de peru desfiado para enganar a fome enquanto as horas avançam.

Como nunca fui boa cozinha, eu deixei boa parte do trabalho com ela e ajudei no que pude, isso antes de ir tomar um banho, arrumar um pouco os cabelos — sem toucas — e passar do perfume caro dela, para que saiba o quanto gostei e o quanto me importo com o presente que me deu.

Mesa, luzes, decoração, tudo está bonito e pronto quando são 19h.

Eu vou a janela para olhar para fora pela primeira vez e ver se ela já está chegando.

Massageio as minhas mãos, arrumo as minhas unhas nos meus próprios dentes. Tiro, limpo os óculos e depois ponho de volta, ansiosa.

As 19h10 eu debruço na janela, pego o meu celular e entro no seu perfil do Whatsapp.

Meu Indomável Desejo (Edição Definitiva) | COMPLETO!Onde histórias criam vida. Descubra agora