PARTE 01

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Guarda-Costas do Embaixador

Um conto de D. Wayne

2020

"Se apaixonar é descobrir o que nos conecta e ao mesmo tempo afasta."

PARTE 01 – SEMEANDO

Acordei duas horas antes do horário, para correndo alguns quilômetros. 2 km ao total, eu posso fazer melhor, mas preciso me preparar para este novo trabalho. Ser guarda-costas de um embaixador é uma grande responsabilidade, especialmente deste. Um banho, cabelo escovado e preso em um coque impecável. Maquiagem simples, terninho preto, distintivo e minha arma. Cheguei na hora marcada, a minha pontualidade britânica entrega minha nacionalidade. A superintendente da Scotland Yard, a polícia britânica, informou a mim tudo que achou necessário. Entregando uma lista com os horários, hábitos e preferências do embaixador. Uma conferida rápida foi o suficiente para saber que será um desafio.

- Sargento Robbins, lembre-se que não está mais na marinha real. Ter um pouco de flexibilidade e tato irá ajudar com o embaixador. – Falou ela.

- Flexibilidade não é o ideal quando tratamos da segurança de alguém. – Expus o meu argumento.

Ela se levantou, caminhando em minha direção abriu um sorriso.

- Samantha, eu a conheço desde que era uma garotinha, sei que pode fazer isso. – A superintendente apelou para a amizade de longa data entre nossas famílias.

- Farei o meu melhor. – Dei um sorriso, quebrando um protocolo. – Eu prometo.

O motorista levou-me direto para o aeroporto, onde o embaixador irá desembarcar voltando das férias. O antigo guarda-costas dele se aposentou. Abrindo uma vaga disputada e de prestígio, afinal sou a nova-chefe de segurança de toda equipe que o acompanha. Meus anos como militar, na marinha real, servirão de base e os meus conhecimentos e feitos como primeiro-sargento de inteligência e combate servem de credencial. O jato pousou, mas levou uma eternidade para taxiar e começar o desembarque. Aquilo começou mal, pensei que algo pudesse estar aconteceu lá dentro. Mas nada além do esperado, quatro mulheres e três homens bastantes "alegres" desembarcaram primeiro. Seguidos por uma moça com gosto duvidoso para vestidos, que desceu as escadas apoiada no ombro do embaixador. A fama de festeiro dele não fugiu à regra, será um desafio.

- Embaixador, SGT. Samantha Robbins, se apresentando ao serviço, senhor. – Em tom sério.

- Quem? – Falou ele, visualmente com algumas gotas a mais de álcool no sangue.

- SGT. Robbins, sua nova guarda-costas. – Contive a irritação.

Ele fitou-me dos pés à cabeça.

- Você? – Seu tom curioso e surpreso. – Eu realmente não esperava alguém como você. Mas se está dizendo, leve-me para casa Sam.

Ele se despediu dos amigos e da amiga, felizmente entrando no carro sem criar mais atraso.

Odeio que me chamem de Sam.

Pela manhã temos um evento, será o meu primeiro, repassei todo o plano de segurança centenas de vezes. Não admito erros, especialmente de minha parte.

O embaixador foi pontual, ele desceu vestindo calça e paletó preto, camisa branca, sem gravata e deixando os primeiros botões abertos. Um traje casual, mas bastante elegante e de caimento perfeito. Uma das marcas registradas dele, conhecido pelo seu estilo, Sir James Clark é o embaixador britânico na Romênia. Um homem de 38 anos de idade, 1,85 de altura, cabelo castanho escuro e viçoso. Pele extremamente alva, destacando olhos de um azul intenso. Listado como um dos solteiros mais cobiçados e bonitos do Reino Unido. Um pesadelo para qualquer esquema de segurança.

Guarda-Costas do EmbaixadorOnde histórias criam vida. Descubra agora