- Senhor Jimin! - Hyuna se levantou do sofá. - Está muito elegante!
Eu ainda estava chocado demais para poder falar, apenas olhei para Hyuna e tentei sorrir.
- Mas ainda reluta em usar todos os itens do vestuário, pelo que vejo. - SooHyun acrescentou secamente. Começou! - Usar o terno dessa forma o deixa com o aspecto de um simples criado!
- Não concordo com isso, SooHyun. Acho que Jimin está muito bonito, de uma forma muito original! - então Jungkook entrou na sala, ainda atordoado. - Não concorda, Jungkook? Não acha que Jimin está muito bonito com o terno que escolhi para ele?
Assim como eu, Kook ainda não havia se recuperado totalmente. Pudera! Duvidei que algum rapaz naquele fim de mundo alguma vez tivesse tido a audácia de quase beijá-lo! O que eu estava pensando? E por que disse a verdade a ele? O que havia de errado comigo? Eu não podia estar interessado nele, por razões óbvias que não precisavam de maiores explicações. Dois séculos nos separavam. Dois Séculos! E por Deus, éramos homens. Homens!
Então o que tinha de errado comigo? Não consegui encontrar a resposta. Concentrei-me em parecer normal - o meu normal pelo menos.
- Está sim, Hyuna. Ouso dizer que ele está muito bonito, realmente - disse ele, desviando rapidamente os olhos quando encontrou, os meus.
- E agora, meu caro. - SooHyun se proximou de Jungkook e colocou as duas mãos em seu braço, exatamente onde estava as minhas estava minutos atrás. - Será que pode nos dizer quem é o convidado misterioso?
- Não é misterioso, senhorita SooHyun. Eu apenas estava muito atarefado para poder dar-lhes mais detalhes. - retrucou ainda perturbado - É um novo habitante da vila. Conheci-o esta tarde. Seu nome é Jung Hoseok, está hospedado na pensão da viúva Herbert e não tem conhecidos aqui. Pensei que seria educado oferecer-lhe um jantar.
- Oh! Já ouvimos falar dele hoje pela manhã na Maison de madame Georgette. - SooHyun apressou. Fiquei alerto. - Parece que o pobre foi assaltado Assaltado, Senhor Jeon. Veja a que ponto chegamos. - ela exclamou, horrorizada.
Eu, entretanto, não me choquei. Apesar de desconfiar que ele não fosse um pobre homem do século dezenove, mas sim um cara do século vinte e um, mesmo que tivesse sido assaltado, ainda assim, não me surpreenderia. Assaltos eram tão comuns quanto respirar. Suspirei, desanimado. Como eu queria me chocar também! Queria que assaltos e violência não fizessem parte do meu cotidiano.
- É mesmo? - perguntou Jungkook, fingindo inocência. Ele sabia bem a história toda. Eu já tinha contado a ele naquela tarde no estábulo. - Que feliz coincidência! De toda forma, encontrei o cavalheiro esta tarde quando fui à vila... Resolver alguns problemas. Pelo que entendi, ele havia acabado de chegar de algum lugar. Então o convidei para conhecer minha família.
Notei que ele me fitou rapidamente quando disse isso. Então, ele foi procurar o estranho sem mim. Mas por quê? De toda forma, estava agradecido por ter ido. Eu precisava falar com esse Hoseok, não me importava onde ou como.
- Com sua licença, Senhor Jeon, o Senhor Hoseok acaba de chegar.
- Mande-o entrar, Gomes. Não o deixe esperando.
O mordomo saiu apressado e, em seguida, um homem moreno e de estatura mediana entrou na sala.
- Como tem passado, Senhor Jeon? - o homem, que era mais velho do que eu havia imaginado, se inclinou para cumprimentar Jungkook. Ele aparentava ter trinta e cinco ou quarenta anos, cabelos castanhos lisos e compridos, pele morena. Era até bonito, na verdade.
- Estou muito bem, Senhor Hoseok. Deixe me apresentá-lo à minha irmã Hyuna - Hyuna se inclinou ligeiramente.
- Esta é a senhorita Kwon SooHyun e o senhor Park Jimin.
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ESPELHO // Jikook Version
Fanfiction[{CONCLUÍDA}] Desde pequeno, Park Jimin odiava a palavra casamento, e achava amor algo desnecessário para sua vida. Mas ao ganhar um apartamento do seu melhor amigo e chefe, ele não imaginava que um espelho velho e sujo, o levaria para duzentos anos...