Jungkook ficou muito surpreso com a forma brusca com que me joguei em seus braços, mas assim que meus lábios tocaram os seus, a surpresa desapareceu instantaneamente dando lugar a outra coisa.
Agarrei-me ao seu pescoço, tentando aproximá-lo mais de mim, suas mãos enormes em minha cintura fizeram o mesmo. Meu coração martelava loucamente dentro do peito. E a certeza de estar em casa me sufocou tão intensamente que calou definitivamente os gritos dentro da minha cabeça que pediam para que eu parasse porque ele sofreria ainda mais depois disso.
Não pensei em mais nada, apenas que ele me queria ali com ele. No entanto, seus lábios deixaram os meus e suas mãos seguraram meus ombros, me restringindo.
- Jungkook? - eu tinha dificuldade para falar. Dificuldade para respirar.
- Não posso fazer isso com você! Não posso desonrá-lo dessa maneira. - sua voz também instável, aflita. - Não podemos!- Podemos Kook, Podemos sim! - eu tentava recuperar o fôlego para poder me explicar direito.
- Devemos esperar um pouco mais. Eu pretendia lhe dizer isso de forma mais...
- Mas nós não temos mais tempo! - eu o interrompi sacudindo a cabeça. - Você não entende? Eu... eu não sei quanto tempo eu tenho. Mas tenho certeza que não é muito. Eu nem sei se ainda estarei aqui amanhã, Jungkook!
- Mas é errado, Jimin! - ele colou sua testa na minha, fechou os olhos sacudindo a cabeça. Parecia tão torturado! - Tão errado! Você mesma disse!Toquei seu rosto.
- Não é errado. O que sinto quando estou com você é... É a coisa mais certa que já senti na vida! Jungkook, pela primeira vez eu sei a onde pertenço!
Ele abriu os olhos.- Pertence a este lugar? - perguntou confuso.
- Não, pertenço a este lugar. - eu sorri e deslizei minhas mãos de seu pescoço para os braços fortes e firmes, para que ele entendesse exatamente ao que eu me referia. - Pertenço a este lugar. - coloquei minha mão sobre seu coração, que batia tão rápido quanto o meu. - Como pode ser errado?
Vi a luta através de seus olhos negros, a moral e a honra duelando contra o desejo louco que sentia. Vi quando seus olhos se escureceram ainda mais e a luta terminava. E vi a expressão em seu rosto - desesperada e faminta -, antes que voltasse a me beijar outra vez.
Senti a urgência de seus lábios quando voltaram a tocar os meus e a verdade de minhas palavras penetrar em cada célula de meu corpo enquanto ele me puxava impossivelmente para mais perto. Não me importei com mais nada. Não me importei com o manhã. Com o que iria acontecer depois. Nada mais importava. Apenas o agora.
Apenas Jungkook.
Sua boca devorava a minha e suas mãos grandes e firmes me apertavam freneticamente. Fiquei sem ar. Ele percorria as curvas de meu corpo, fazendo minha cabeça girar, libertando o desejo insano que estava adormecido dentro de mim. Até aquele instante, eu tive apenas uma amostra, apenas um vislumbre do quanto eu o desejava. Uma verdadeira explosão ocorreu dentro de mim, consumindo e transformando tudo que encontrou pela frente. Mudando o meu eu, alterando minha essência.
Fui incapaz de resistir ao impulso de abrir sua camisa com violência, arrancando alguns botões em minha urgência. Assim que me livrei do tecido, deslizei minhas mãos em seu peito duro, sentindo o calor de sua pele - tão quente como se estivesse em chamas - afugentar todos os meus temores. Naquele instante, éramos apenas eu, Jimin, e ele, Jungkook. Nada mais.
Eu arfava sob seus lábios, mas não permiti que os afastasse de mim. Ele também respirava com dificuldades, mas não pareceu se importar com isso, ao contrário, me beijava com tanta fúria, suas mãos tão urgentes, que cheguei a temer que minha roupa tivesse o mesmo destino que sua camisa. Contudo, Jungkook foi gentil e abriu delicadamente os pequenos botões de minha camisa. Seus lábios deslizaram em meu pescoço, assim como suas mãos deslizaram em minha clavícula até alcançar os ombros, fazendo a camisa escorregar pelo meu braço e cair no chão.
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ESPELHO // Jikook Version
Fanfic[{CONCLUÍDA}] Desde pequeno, Park Jimin odiava a palavra casamento, e achava amor algo desnecessário para sua vida. Mas ao ganhar um apartamento do seu melhor amigo e chefe, ele não imaginava que um espelho velho e sujo, o levaria para duzentos anos...