Capitulo 1- Mil oitocentos e trinta?

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Onde estavam minha cama? Onda estava meu quarto? Onde estava minha casa? Onde diabos eu estava perguntei-me desesperado.

Eu me encontrava no chão de um vasto gramado - como um campo de futebol - apenas uma árvore de médio porte alguns metros. Notei uma estreita estrada de terra batida onde deveria estar o corredor de meu apartamento.

Eu devia ter batido a cabeca com muita força! So poderia ser isso!

Olhei freneticamente em todas as direções e nada estava ali. Nada!
Minhas coisas, minha cama, tudo havia sumido!

Fechei os olhos e os apertei bem forte, rezando para que, quando os abrisse novamente, tudo voltasse ao normal. Então ouviu um barulho.
Abri os olhos rapidamente.

Avistei um homem em cima de um cavalo marrom claro vindo em minha direção. Estreitei os olhos para entender o que estava vendo.

Realmente era um homem e um cavalo!

Continuei a observar enquanto ele se aproximava e notei que o cavalo diminuía sua corrida. Diminuiu um pouco mais até parar bem perto de onde eu estava.

Olhei para o homem, completamente confuso e desconfiado. Suas roupas eram muito feias, esquisitas e antigas.

Vestia um casaco escuro e comprido, um colete sob ele, gravata - ou talvez fosse um lenço branco amarrado no pescoço - e botas pretas na altura dos joelhos.

Ele estaria indo para alguma festa à fantasia?

Fiquei observando o rapaz enquanto ele descia de seu cavalo com uma expressão preocupada no rosto.

- Você está bem, senhor? - ele perguntou, se agachando ao meu lado.

Continuei a encará-lo de boca aberta. Seus olhos procuraram alguma coisa ao redor. Assim como eu, também não encontrou nada ali, apenas a árvore, a pedra e eu, ainda caído no chão.

Ele voltou a observar meu rosto, depois seus olhos avaliaram o resto de mim e sua cara assumiu um tom avermelhado quando examinou minhas pernas.

Rapidamente, voltou a me encarar, sua face confusa.

- Você está bem, senhor? - ele repetiu e eu fiz uma careta.

- Mas que? - respondi pateticamente.

- Tem um ferimento na cabeça. Está sangrando muito. - ele moveu sua mão em direção à minha testa, mas não me tocou.

Estava tão confuso que não tinha notado.

- Ah! - eu disse tocando minha testa. Doeu um pouco. Então, eu não
estava sonhando! Ou tendo um pesadelo,

Ai meu Deus!

- O que aconteceu? Parece assustado em suas roupas... Ha...

-Cadê o meu quarto? - perguntei, com a voz quase sem som. - Como foi que eu vim parar aqui? Como tudo sumiu tão depressa? Cadê as minhas preciosas coisas? - disse eu, agarrando com as duas mãos a gola de seu casaco.

Olhei em volta, procurando uma forma lógica para explicar o que estava acontecendo, mas não havia nada ali, além da paisagem rural. Estava assustado demais para entender qualquer coisa, Aquilo era loucura.

O rapaz se espantou um pouco com minha reação. Mas o que mais eu poderia fazer, além de ter um ataque?

- Melhor levá-lo até minha casa e chamar o médico. Depois arrumarei uma carruagem para leva-lo até sua casa. - seus olhos me fitavam de uma forma muito estranha. Soltei seu casaco imediatamente.

Estranho, muito estranho!

Um médico seria bom. Talvez ele me desse alguma coisa que me fizesse acordar ou sair daquele sonho mais depressa.

ESPELHO // Jikook VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora