Capítulo 7- Cartas na mesa ( parte 1)

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CARTAS NA MESA – PARTE 1


    Encaro aqueles olhos amarronzados, em uma linha fina em seu rosto.  Após desembalar a camisinha, vou engatinhando por cima da cama, em sua direção. Quando estou próximo, envolvo a ponta do preservativo, e encaixo na cabeça de seu pênis latejante. Passo a língua em meus lábios para umedece-los. Em seguida, vou cobrindo seu pau com a boca, descendo a camisinha, até vesti-lo por completo. Ele puxa meu cabelo pela nuca, me afastando de si.

— Eu mando, e você obedece. Nada mais. — Noto uma certa aspereza em seu tom de voz.

  Ele me vira de costas e me abraça por detrás. Sinto sua pele fervilhar. Seus dentes mordiscam meu pescoço, sugando cada região. Com seu dedo indicador, lubrifica o meu ânus, com algo oleoso e bastante gelado. Aquele movimento me enlouquece. Rebolo levemente, provocando-o a aumentar a velocidade. À medida que sinto aquele toque frio entrando em mim, me desfaço em suas mãos.

       Gustavo parece ler, cada movimento que faço. Com isto, percebe que estou completamente      relaxado. Então, começa a  me penetrar. Gemidos escapam de seus lábios. E quando percebe estar inteiramente introduzido,  ergue meus quadris, me colocando de quatro. Ele, parece estar sob o domínio, de um desejo animalesco.


   O som de seus tapas em minha bunda, ensurdece os  meus ouvidos. Ele está sedento por mais. Nossos movimentos, faz a cama sair do lugar. Ele prende meus braços atrás do corpo, e mete com brutalidade. Seu suor pinga, me molhando inteiro. Em seguida, se retira de mim, e me vira de frente como se eu fosse uma pena.

Com seu corpo, vai abrindo minhas pernas, até estar encaixado. Ele me encara, e envolve meu pescoço com suas mãos, apertando levemente. Novamente, Gustavo me penetra. Conforme vai dançando entre meu corpo, ele me enforca levemente. Quando coloco minhas mãos por cima das suas, me acerta um tapa.

— Aonde você quer porra, seu puto? — Ele tem um olhar consumido de maldade. Seus poros inala virilidade, e eu me sinto na condição de obedecer. Nada mais.

— Quero na boca.

Ele se contorce por inteiro, ao ouvir o que acabei de dizer. Erguendo minhas pernas, intensifica a estocada com mais sede. Eu fecho os olhos, e tento sentir cada sensação. Parece palpável, o fogo que consome meu corpo. A visão daquele homem de ombros largos, me comendo, me leva a uma outra dimensão. Sou tomado por esse fervor.

Sua respiração parece se descontrolar. Os gemidos aumentam, e ele se retira de mim. Com a voz trêmula, diz;

— Vou gozar, porra. —Ele se achega a mim, se aproximando de meu rosto. Logo sinto um jato quente,inundar minha boca, escorrendo por entre meus lábios e queixo. — Toma essa porra, caralho. Quero te ver limpando minha rola todinha. Suga tudo. Não deixa nada. — Ele me acerta um tapa, no rosto. Em seguida passa seu pênis, melando toda minha face.

Completamente relaxado, carinhosamente vai beijando minha barriga. Ao sentir seus lábios tocando minha pele, fico mais excitado. Quando chega na altura da minha cintura, ele me olha.

— Quero masturbar você. Posso?

Confirmo com a cabeça. Em seguida, sinto seus dedos envolverem minha ereção. Me contorço por inteiro. Seguro os lençóis, canalizando toda minha tensão, para as minhas mãos. De repente, sinto algo úmido revestindo todo o meu pênis. Quando olho, Gustavo está me chupando. Sua língua perpassar por todo o contorno de minha ereção. Ele aumenta a velocidade e eu não consigo me segurar nem mais um minuto.

— Vou gozar. — Digo, com a voz quase inaudível.

Ele tira sua boca, e finaliza me masturbando. Encharco sua mão de porra. Sinto meu líquido escorrendo por entre minhas virilhas.

Ele se deita ao meu lado, olhando para o teto, meio pensativo. Se vira para a minha direção, e me beija os lábios. Em seguida me abraça, me enchendo de carinho. Eu recosto minha cabeça em seu peito. Ele me acaricia, na altura de minha cabeça. Naquela posição; com as pernas jogadas em cima das suas, envolvido por um de seus braços, ficamos por algum tempo.

—  Eu não sei como as coisas vão ficar daqui para frente. Mas foi a melhor experiência que já vivi com alguém na cama. Obrigado. — Ele diz, desenhando uma linha fina em seus lábios.

Eu coro ao ouvir aquelas palavras. Tento buscar algo em minha mente, que pudesse dizer, para retribuir, mas não consigo. Estou me sentindo completo. Tudo a minha volta sumiu, e eu me sinto bem com isso.

Percebo que seu olhar está direcionado para minha tatuagem. Reviro os olhos e passo os dedos nela. Logo pergunto, com um tom irônico;

— Gostou da minha tattoo?

Ele apoia sua cabeça em um de seus braços, sorrindo. Com um ar um enigmático, encosta em meu peito, tentando talvez decifrar o sentido daquela marca. Mal pode imaginar, que ela registra um dos piores dias da minha vida. O dia em que meu exame deu positivo para o HIV.

— Por que alguém escreveria hopeless (sem esperança) na altura do coração? — Ele me indaga, com estranheza no olhar.

— Eu tomei um golpe da vida. Daí, fui espairecer. Acabei bebendo todas em um bar, que do lado tinha um estúdio de tatuagem. Com isso, me veio em mente a ideia de registrar aquele dia em mim. — Sorrio, olhando para o teto, contando aquela história, como se tivesse revivendo tudo aquilo. — No outro dia, ao acordar, tive a noção do que havia feito. Mas aí, já era um pouco tarde.

— E por que não apagou? — Ele ajeita o travesseiro embaixo de sua cabeça.

— Não sei. Não quis. — Seu olhar se estreita em minha direção. Eu desvio de seu rosto. — Acho que os dias maus também, são parte de nossa história. Apagá-la não eliminaria, aquele dia de minhas lembranças. A diferença é; que carrego essa marca por dentro e por fora, e ambas são para sempre.


— Eu poderia saber, qual teria sido o golpe que a... — Gustavo é interrompido, pelo toque de meu celular, que vibra em na cabeceira.

Agarro a oportunidade de fugir de sua pergunta com todas as forças. Vou subindo por cima de Gustavo, enquanto ele tenta me impedir de alcançar o celular. Rapidamente, aquele assunto "morre", e eu me sinto bastante aliviado.

Ele é mais forte, e obviamente consegue me prender na cama e pegar o celular antes de mim. Ao olhar para o nome que estava me ligando, suas feições mudam. Eu noto uma frieza em seu olhar, e isso me intriga. Ele vira a tela para mim. Sinto a bile subir em minha garganta, ao lê aquele nome na chamada.

— Sua amiga está ligando. Não vai atender? — Com uma ironia indecifrável em sua voz, ele pergunta.


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Muito obrigado, por me lerem. Espero do fundo do coração, que estejam gostando da estória. Se curtiu, não esqueça de votar e comentar. Amo interagir com vocês. Ahhh!! E aguardem os novos capítulos.

Um Hétero na minha camaOnde histórias criam vida. Descubra agora