Capitulo 06

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_Violet? – a professora de português chamou a garota que estava distraída olhando para o amigo do outro lado da janela, à sala ficava no segundo andar e tinha uma vista para o jardim do colégio.

_Sim? – olhou para a mulher de óculos.

_Pode-me dizer sobre o que eu estava falando?

_Figura de linguagem – respondeu após ver o tema escrito na lousa.

_Exato, e qual figura de linguagem eu estava falando? – perguntou cruzando os braços, “Droga!” pensou a menina ao notar que não havia nada no quadro que pudesse lhe ajudar.

_Ah... É... E-eu não sei – gaguejou pelo nervosismo.

_Então preste atenção na aula, sua mãe não esta pagando para você não prestar atenção – disse se virando.

_Mas a escola é publica.

_Como é? – perguntou em tom autoritário voltando a olhar a ruiva.

_Eu disse que a escola é publica então minha mãe não esta pagando nada – repetiu revirando os olhos.

_Saia já da minha aula.

_Mas...

_Agora – interrompeu a mais nova que pegou suas coisas e saiu da sala, caminhou até o final do corredor encontrando Áris.

_Foi expulsa da aula, que coisa feia – falou rindo.

_Cala a boca, a culpa foi sua – o demônio ficou sério novamente e segurou o braço dela.

_Nunca mais me mande calar a boca, entendeu? – disse lentamente quase soletrando.

_Sim – sussurrou e ele a soltou.

_Ótimo – começou a andar e parou olhando para trás, na direção da garota – Você não vem?

_Os portões estão fechados, vou esperar a aula acabar.

_Hm... Vem logo.

_Mas eu disse que os portões estão fechados – seu rosto em expressão de pura confusão.

_Isso não foi uma pergunta, foi uma ordem, eu vou repetir só mais uma vez, ok? Vem, agora – soletrou as ultimas palavras e a garota o acompanhou rapidamente, quando chegaram à frente do portão Pólemos quebrou o cadeado e continuaram andando rumo a casa.

[...]

Violet subiu correndo as escadas e entrou no seu quarto fechando a porta brutalmente se jogando na cama em seguida, aquela cena não saia de sua cabeça...   

“_Cala a boca, a culpa foi sua – o demônio ficou sério novamente e segurou o braço dela.

_Nunca mais me mande calar a boca, entendeu? – disse lentamente quase soletrando.”

“_Mas eu disse que os portões estão fechados – seu rosto em expressão de pura confusão.

_Isso não foi uma pergunta, foi uma ordem, eu vou repetir só mais uma vez, ok? Vem, agora”

A garota se perguntava se ele havia mesmo ficado bravo com ela, não gostava de vê-lo daquele jeito, ficava com medo.

O moreno entrou na casa se deparando com a mulher na sala, tomando seu costumeiro chá, durante esses dois anos que se passaram eles conversaram muito e no final acabava com Ísis tentando fazê-lo mudar de idéia, o que nunca funcionava fora isso às vezes tinham uma conversa agradável, quando ele estava de bom humor, claro, e isso ocorria raramente.

_Por que ela esta aqui mais cedo? – perguntou bebendo seu chá.

_Porque eu quis trazê-la mais cedo – deu de ombros.

_Hm... Aconteceu alguma coisa? Ela subiu correndo sem falar nada.

_Não, não aconteceu nada – revirou os olhos e de repente sentiu a adrenalina e endorfina correrem pelo seu corpo, conhecia muito bem aquela sensação, sempre acontecia quando sentia que alguém estava com medo dele, andou devagar pela escada, como se não quisesse fazer barulho e invadiu o quarto da garota cuidadosamente.

Droga.

Ela estava encolhida na cama o olhando com os olhos arregalados, seu medo aumentando, ele sentia isso.

Mil vezes droga.

A tentação de matá-la corroia seus ossos e por um momento pensou que seu corpo iria desabar era da natureza dele já, se alguém ficasse com muito medo dele ele simplesmente matava a pessoa, mas não podia fazer isso, ele precisava dela.

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