_Áris a sua nova humana acabou de nascer.
_É mesmo?! – revirou os olhos se sentando de frente para seu pai, não estava nem um pouquinho interessado no assunto.
_O nome dela é Violet Slovel.
_Hm... Que lindo – murmurou dando de ombros – Quem é a mãe da "sortuda"? – fez aspas com os dedos deixando claro sua ironia.
_Ísis Slovel, irmã da Daisy que era sua humana.
_Que eu matei há dois anos, essa Ísis não tem muita sorte na vida, não é mesmo?!
_Vai ver a garota quando? – ignorou o ultimo comentário do filho.
_Quando ela tiver a mesma idade que todas as outras – suspirou cansado, ia ter que fazer tudo àquilo de novo, estava começando a se cansar de tudo isso – 10 anos.
_Certo.
_Era só isso que queria falar comigo? Já posso ir embora?
_Sim.
[...]
_Parabéns Áris – alguns demônios diziam.
_Parabéns pelo o que?
_Já faz um ano que aquela sua humana nasceu, ela é uma garotinha linda.
_Todos aqui foram ver ela?
_Todos do Inferno foram ver ela, menos você.
_Quando ela estiver mais velha eu faço isso.
[...]
_Desculpa cara – Everett se sentou ao lado do moreno.
_Por quê? O que você fez?
_O pai de Violet era do exercito, estávamos em combate e matei ele sem querer.
_Matou sem querer?
_Bom, não foi sem querer, mas não sabia que era o pai dela.
_Tudo bem, não tem problema – deu de ombros – Por que eu ficaria incomodado com isso?
_Não sei, o fato dela não ter um dos pais pode dificultar algo com você no futuro.
_Eu não tenho mãe, ela não tem pai... Estamos equilibrados agora.
[...]
_Vão embora – o grito ecoou pelo local vazio e escuro chamando a atenção de Áris que andava por ali sem rumo.
Virou a esquina indo na direção do choro que ouvia. Chegou a um pequeno parque, com escorregador, balanços e outros brinquedos simples. No chão tinha uma garotinha de vestido azul e duas sombras brincavam ao seu lado, demônios. O homem se aproximou e logo as criaturas desapareceram, ajoelhou-se na frente da menina vendo como seus pequenos cachos vermelhos caiam sobre seus ombros.
_Hey esta tudo bem, eles já foram embora – falou calmo passando tranquilidade para a menor que olhou para os lados se certificando de que era verdade – Qual seu nome?
_Violet – sorriu secando as lagrimas – Violet Slovel.
Droga.
O moreno travou o maxilar olhando-a de cima a baixo, não parecia ter mais que cinco anos.
_Quantos anos você tem?
_Três.
_Três?! E o que esta fazendo aqui sozinha? Onde esta sua mãe?
