Um

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Any Gabrielly

Acordei com o vento gelado que vinha da janela, o céu estava nublado, já era possível sentir o cheiro da chuva que iria vir.
Me levantei para fazer minhas higienes matinais e tomar meu café da manhã, o relógio marcava 5:26 da manhã... Isso significava que tenho trinta e quatro minutos para chegar no meu trabalho.

Assim que terminei o café peguei o meu casaco e saí para a lanchonete. Eu morava sozinha, perdi minha mãe aos 15 anos de idade e daí tive que me virar para me manter, o meu pai nunca conheci, segundo minha mãe ele nos abandonou assim que nasci.
Tenho uma amiga chamada Sina, conheço ela há dois anos e desde então é minha única "família" que tenho aqui em Los Angeles.

Caminho em passos lentos pela calçada, observado os carros que vem e vão pela pista, meus lábios chegam a quebrar por conta do frio.

Assim que chego na lanchonete do seu Antônio, trato de colocar o avental e encher o balcão de lanches e pães, em cima de uma mesinha fica a garrafa de café para quem toma café da manhã aqui antes do trabalho.

–hoje não poderei cobrir o horário da tarde porque resolverei algumas coisas na rua... Fique tranquila, te pagarei pela hora extra!—diz seu Antônio indo até a porta da lanchonete. —cuide bem deste local em!—me alerta.

Confirmo com a cabeça e o observo passar pela porta.
Já prevejo o meu dia cheio, dias frios como esse fazem a lanchonete lotar!

...

Já eram 17:23 da tarde e nada de seu Antônio chegar...
Como previsto o dia hoje foi cheio e ainda havia algumas pessoas na lanchonete.
Troquei a musica lenta do rádio por uma mais alegre, para manter um bom clima dentro desse ambiente, me escorei no balcão e fiquei observando a rua lá fora através da vidraça.

Um largo sorriso se formou em meus lábios ao ver Sina adentrar o local.
Ela estava sorridente como sempre!

—Para sua felicidade, tenho uma proposta para você hoje! —a loira disse se sentando nos bancos do balcão.

—depende da proposta...—respondi a mesma e meus olhos desceram até as suas mãos, onde tinha duas espécies de entradas. —festa Sina? —perguntei um pouco desanimada.

—por favor Any..Você quase não vai em festas comigo! —faz bico enquanto me suplicava.

O motivo pela qual não frequento tantas festas é simples, tenho uma certa fobia de locais extremamente cheios, isso me faz ter falta de ar e o cheiro forte de drogas e bebidas não colaboram!

Penso um pouco e ao me ver por vencida aceito a proposta.

—tudo bem Sina, mas já vou avisando que vou ficar quieta em meu canto! Você sabe da minha fobia... —digo e ela abre um enorme sorriso.

—legal... Passo na sua casa as 22:00,esteja pronta! —sina deposita um beijo em minha bochecha e desce do banco saindo do local.

Assim que ela saiu, agilizei o trabalho para que seu Antônio não tenha reclamações.

Wrong Target-NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora