Dezenove

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Ao longo da casa só se ouvia meus passos e os dos dois mafiosas que me seguravam um em cada braço,
Eu estava caminhando perfeitamente, não era necessário que eles me segurassem mas os dois insistiam em me tocar.

Noah abriu a porta a nossa frente para que eu adentrasse, sim, era a mesma sala em que fui chicoteada e marcada com um ferro quente.
O cômodo não estava o mesmo, notei assim que firmei meus pés dentro dele, não havia mais aquela coleção de armas e facas na parede, apenas chicotes de tudo quanto é jeito: grandes, pequenos, claros, negros, com garras, sem garras.
Confesso ter ficado um pouco aterrorizada diante da cena.

—Amarre-a, vou chamar os homens —Noah disse pegando seu celular para discar algo.

—Eu não preciso de ordens, sei bem o que devo fazer! —a resposta de Josh foi rápida mas carregada de ódio.

—Que seja.... —Noah falou sem despregar os olhos do celular.

Acho que Josh o queria estrangular naquele momento, pois a forma quando apertou meu braço após a resposta de Noah, me fez pensar que meu sangue havia parado de bombear na área que sua mão se encontrava.

O loiro me levou para um tipo de pedestal que se encontrava no canto da sala, havia algemas no topo, ou seja, eu seria "amarrada"  de frente para o ferro.
Assim que fui "posicionada", o meu vestido foi rasgado de fora a fora me deixando apenas com roupas íntimas, senti algo roçar minha bunda e conclui que era Josh após ele beijar meu pescoço po trás.

—É uma pena não usufruir de seu corpo antes da punição, seria.... —ele coloca suas mãos em minha cintura enquanto sussurra— Uma delícia!

Tenho vontade de soca-lo até a morte por esse comentário desnecessário, vou me lembrar de tentar fazer isso quando surgir a oportunidade.

Sua pressão contra meu corpo aumenta e seus beijos estão ficando mais demorados em minha pele, ele queria avançar o sinal ali mesmo mas é interrompido por um pigarro proposital de Noah.

—O que você pensa que está fazendo? —era difícil decifrar a expressão de Noah, mas seu olhar não era frio.

—Estou tendo misericórdia dela, algum problema? —Josh diz como sempre sarcástico.

—Se fosse com alguma garota que VOCÊ escolheu para si não teria problema nenhum... —Noah devolve com uma das sobrancelhas arqueadas.

Josh bufou e se distanciou de mim, aquilo me aliviou por alguns segundos.
Mas o que foi isso que tinha acabado de acontecer?

Eles se retiraram da sala e logo em seguida os mesmos homens que já havia me batido entraram e trancaram a porta, meus pelos se arrepiaram po tamanho medo, o pior ainda estava por vir.

—Vamos começar com um razoável... Prefere chicotes claros ou escuros? —um dos homens perguntou enquanto escolhia um.

—Tanto faz cara—respondi sem animação nenhuma.

Depois de um breve silencio senti a presença de um dos homens cada vez mais próxima, até eu contrair minha costas para dentro, deixando escapar um grito angustiado de pura dor.
Os homens apenas riram de mim e em seguida descontaram mais uma chicotada em minha pele nua que estava ardendo, isso durou quase dez minutos.
Mais uma vez um silêncio se instalou no local, eu estava chorando, chorando horrores!
Não só pela punição mas também pela decepção que eu tinha dentro de meu peito...como Sina foi capaz?ela não queria me proteger?! Então por que fez isso?
Agora ela deve estar em algum lugar, sem vida e eu nem pude me despedir, mesmo que ela tenha me entregado para este inferno eu ainda sinto remorsos, ela era boa demais para mim.

Outro grito rasgou minhas cordas vocais, um chicote com metais afiados nas pontas me atingiu, tenho certeza que cortou minha pele pois estou sentindo o sangue escorrer pelas minhas costas.

^_^

Wrong Target-NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora