Fui amarrada em uma cadeira de madeira velha, as cordas apertavam muito meus punhos e me traziam grande desconforto.
Me aterrorizei mais ainda quando avistei dois brutamontes se posicionaram um a cada lado com chicotes de couro.-Vai desembuchar agora ou vai precisar de palmadinhas Anyzinha? -Savannah disse despejando todo o seu sarcasmo em meu apelido "carinhoso".
-Moça... -comecei a dizer com minha voz baixa. O choro estava vindo e eu não conseguiria esconder. -Eu juro que não sei onde está esse tsl testamento, não sei quem é Acsa, e muito menos o que eu tenho a ver com isso...
-Mentirosa! -a mulher gritou, fazendo o eco do local devolver o seu grito gradualmente. -Eu vou contar até três, e se não disser até lá... -sorriu diabolicamente -Você vai morrer de tanto apanhar!
Engoli em seco.
O que eu faria?
Se não houvesse um milagre alí agora eu com certeza apanharia feito uma condenada nas mãos dela.-Dois... -seus olhos se encheram de fogo antes de seguir a contagem -Três! Abre logo a porra da boca e conta onde tá!
Hesitei um pouco e fechei meus olhos.
Na minha cabeça eu ainda esperava aquela coisa de filme sabe? De do nada chegar alguém bem na hora do aperto e "tchan"! Chegar quebrando tudo pra salvar a pobre vítima.
Mas isso não aconteceu e eu tive que acordar para minha triste realidade!
-Eu já lhe disse...eu não s...-antes que eu terminasse a frase fui surpreendida por um chicote em minhas coxas.
A dor foi insuportavelmente funda e se não estivesse sentada nessa cadeira, eu com certeza teria caído em posição fetal no chão, gemendo para os quatro cantos da terra o quanto aquela merda estava doendo.
-Vagabunda! -Savannah gritou e logo em seguida cuspiu em minha direção.
Agradeço aos céus por ela não ter boa mira.
Mas minha calmaria não durou por muito tempo...
Uma chicotada atrás da outra foi descarregada em mim, cada vez mais meu grito se tornava mais alto, cada vez mais minhas lágrimas escorriam, cada vez mais eu sentia a ardência em minha pele, minha consciência se esvaziava aos poucos mostrando-me que eu poderia apagar a qualquer intante.Os homens não paravam mesmo cientes de meu estado, não pareciam ter pena quando aumentavam a força de suas investidas com os chicotes. Eu já havia começado a ficar tonta, o que ainda não me impedia de esguelar a minha dor e me perguntar: "o que eu fiz de errado para estar aqui?"
Tudo seria tão mais fácil se eu ainda estivesse lá, na minha pequena casinha, com a minha mãe, com Sina ao meu lado, conversando sobre como nosso ensino médio era tedioso.
Eu estaria bem, estaria saldavel fisicamente e emocionalmente!
Mas veja... eu estou aqui apanhando pelo que nem sei o que significa, talvez até pagando pelo erro de outra pessoa.Eu chorava não mais pela dor corporal, agora meu coração estava mais arranhado do que nunca, quando foi que eu deixei minha simples felicidade escapar pelas mãos para viver este inferno? Eu não mereço isso!
Fechei os olhos lentamente até não ouvir nada além de meu consiente gritar por socorro.
Eu estava apagando.
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Voltei!O cap de hoje era para ser mais longo porém tive outros compromissos...
E é com muita alegria que aviso a vocês: amanhã finalmente vai ser o dia dos mimos!
Vou liberar uma maratona inteirinha para vocês e não vejo a hora do dia amanhecer para começar a postar.
Voltando também ao assunto da minha shortfic noany que postei recentemente. Vocês gostaram? Querem que eu traga mais dessas?
Até amanhã ♡

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Wrong Target-Noany
FanfictionAny Gabrielly, uma garota de 18 anos que já é dona de muitas responsabilidades por ser praticamente órfão. Ela não imaginava que sua vida mudaria radicalmente após ser sequestrada por dois irmãos mafiosos acidentalmente, não imaginava que se sentiri...