Seis

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Noah voltou a olhar para a estrada, soltei o ar que eu nem sabia que havia prendido e relaxei os ombros em alívio.
Ninguém trocou uma palavra, seguimos Até o destino calados.

O carro parou em frente de um tipo de casa noturna, Josh e Noah saíram do carro e em seguida o loiro abriu a porta para mim.
Adentramos o local e meu estômago se embrulhou quando vi uma mulher dançando sensualmente com uma roupa minúscula em cima do palco, os homens a apalpava e jogava dinheiro pro ar.

Aquele certamente seria meu destino...

Senti meus olhos se encherem de lágrimas.

—Senhor Beauchamp e Senhor Urrea, veio para checar a boate? —disse uma garota ao chegarmos num balcão.

Ela era esbelta e tinha uma pele negra muito bem bronzeada, suas curvas eram de dar inveja e suas longas tranças acrescentava um charme.

—Viemos trazer uma nova mercadoria! —Josh disse abrindo espaço para que a moça pudesse me visualizar.

Um no se formou em minha garganta.

—Parece ser nova, ela renderá bastante dinheiro senhores! —sorriu para eles e depois para mim.

—Desculpe mas, ela não será comercializada... Any trabalhará em qualquer outra área que não envolva o seu corpo —Noah disse colocando as mãos no bolso.

Olhei para ele incrédula e acredito que a moça do balcão e Josh fizeram o mesmo.

—Você está ficando maluco? —disse indignado.

—Nos já conversamos sobre isso irmão, e não quero ter problemas futuros por consequência dos seus erros —disse calmo com um meio sorriso sarcástico.

Isso de alguma forma tem ligação com o que eles discutiram na estrada....
Mas que tipo de problema eles estavam falando?

—Tudo bem, ela pode trabalhar arrumando as camas que são usadas pelas prostitutas —a Morena do balcão disse anotando algo em seu caderno.

Assim que ela terminou de escrever, nos disse para segui-la.
Os corredores em que passávamos estava cheio de cortinas, algumas abertas com mulheres sentadas na cama a espera de alguém e outras fechadas por estarem ocupadas no momento.
Saber que eu não precisaria comercializar o meu corpo me deixou um pouco aliviada, mas porque o Noah exitou nesse quesito? E de quais consequências ele estava falando?

Perguntas e mais perguntas surgiram em minha mente.

Chegamos no final do corredor, onde existia uma porta de carvalho escura.

—Essa são suas novas colegas, não estão todas aqui mas em breve conhecerá —a moça que seguíamos disse assim que abriu a porta.

Entrei no quarto e dei uma boa olhada no local.
Existia diversas beliches e em uma delas duas garotas estavam sentadas, uma morena de cabelos negros e pele clara, e a outra loira com olhos azuis.

—Não tente nenhuma gracinha, pelo seu próprio bem... —Noah susurrou em meu ouvido e apertou o meu braço.

As mão dele estavam apertando muito forte, tanto, que senti meu nervo doer.

—Não farei—respondi com minha voz baixa pela dor.

Ele soltou meu braço de forma bruta e saiu junto com Josh, após isso ouvi a porta bater atrás de mim.


Boa leitura

Wrong Target-NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora