Any Gabrielly
Eu estava observando pela janela do carro a grande mansão de Noah e Josh ficar para trás, Sabina estava também no banco de trás na outra janela.
Já havia se passado dois dias desde que recebi a notícia que poderia sair daquela maldita casa. Planejei sozinha como eu fugiria com ou sem a ajuda de Sabi que ainda não sabia de nada.
Noah passou os últimos dias enfiado no escritório dele por horas, entrava pela manhã e só saía altas horas da madrugada. Em uma dessas, quando precisei tomar água, o encontrei caído e bêbado na escada falando palavras desconexas mas sempre dizendo "eu ainda amo Ela" ou "preciso proteger Ela".Não vou mentir que me senti um tanto incomodada com a fala dele sobre sua queridinha...
Não era ciúmes, era apenas incômodo!
Afinal, por quê eu teria ciúmes desse infeliz?-Any não iremos diretamente para o centro, ok? Noah me pediu para que a levasse em uma casa antes. -Sabina disse ao meu lado me fazendo a olha-la confusa. O que a fez continuar -Ele me disse que precisava conversar com você antes, mas que não pôde porque estava ocupado com algumas coisas no escritório durante esses dias.
Eu ainda estava sem entender o motivo, mas estava com preguiça de mais para me interessar.
-Porque não começou aler o livro dele ainda? -agora ela me pegou de suspresa.
-Como sabe do livro? -perguntei desconfiada.
-Como não saberia se foi idéia minha? -disse simples e de alguma forma aquilo fez com que eu desanimasse.
Talvez porque por um momento pensei que ele havia se importado comigo quando me entregou o livro...
Mais que idiotice! Porque ele faria isso?
Cruzei meus braços voltando a encarar a paisagem da janela.
-Não fique emburrada Any...ele também tem seus motivos quando lhe deu o livro. -disse calma e eu me encontrei incrédula.
Sabina não era contra Noah e seu irmão? Ela não tinha medo deles? Ela não tinha raiva de que eles a haviam colocado naquele inferno de boate? Que diabos estava acontecendo?
-O que eles usaram para persuadi-la? Desde quando você tá do lado deles? -falei extremamente irritada e não poupei de esconder isso no meu tom de voz.
Ela sorriu como se aquilo fosse uma piada.
-Primeiramente: Só estou do lado de um deles, e em segundo: Só comecei a apoia-lo depois de descobrir uma coisa muito, mas muito relevante. -ela susurrou em meu ouvido para que o motorista não escutasse e olhou para mim, brevemente segurou minha mão. -Vou te contar tudo quando você sair de lá! -apontou para o vidro e o carro imediatamente parou.
Me virei e enfim visualizei uma pequena casinha de madeira, de fora parecia conter apenas uma sala e um banheiro.
Forcei o sorriso e enfim desci do bendito carro.
Eu estava curiosa, não pela casa mais sim pelo que Sabina iria falar.A porta foi aberta antes mesmo que eu alcançasse a maçaneta, me dando a visão de Noah vestido socialmente como sempre, porém a camisa era transparente e eu tive a descaração de olhar seu abdômen.
-Entre! -me deu espaço e automaticamente me obriguei a sair do transe.
A casinha por mais que pequena era incrivelmente aconchegante, e possuía mais de três cômodos sendo estes ima sala, um quarto com apenas a divisória da parede e uma porta ao lado que percebi ser o banheiro.
-Esta é a casa para qual você e Sabina devem vir caso algo errado aconteça. -Noah se pronunciou e me virei para ele.
-Algo errado? -estranhei.
-Máfias vizinhas estão na cidade, sejam o mais discretas possíveis. -concluio se sentando largamente no sofá.
Eu sei que era ridículo.
Totalmente ridículo pensar aquilo.
Mas sua posição no sofá não favoreceu nadinha a minha imaginação.
Ver Noah desabotuar os primeiros botões da camisa só me fizeram ficar inquieta, e por mais que eu tentasse desviar, meus olhos curiosos sempre voltava para suas ações.
-Sente-se aqui... preciso lhe passar mais algumas informações. -disse sério enquanto batia sugestivamente no canto do sofá ao seu lado.
Balancei a cabeça afastando pensamentos e andei quase como um robô até me anchegar no sofá.
-Adicione este número a sua lista de emergência... -me entregou um papel com um telefone anotado. -Só o chame em caso de extremo perigo!
Se essa minha saída parecia tão perigosa porque ele ainda estava me deixando ir?
-De quem é este número? Seu? -perguntei e por um segundo, pensei que isso poderia ser uma desculpa para ter meu contato.
-Não, é o do segurança que estará lhe observando de longe. -disse frio e me senti como uma criança.
-Hum... -respondi incomodada. -E Josh? Onde está? -perguntei sem pensar para disfarçar meu desgosto e pela primeira vez Noah me encarou sério como se quisesse enxergar minha alma.
E ele conseguiria se fixasse esse olhar mais um pouco.
-Porque quer saber dele de repente? -ergueu uma sobrancelha.
Queria muito ler mentes e poder saber o que se passa na sua agora.
-Nada demais, não o vi nos últimos dias por isso fiquei curiosa. -falei serena tentando não olha-lo de volta.
-Hum. -foi a vez dele responder -Mantenha seu GPS ativado, preciso ter sempre sua localização exata.
Porra!
Seria difícil fugir com todas essas ordens.
-Já não terá alguém me vigiando?
-Terá... mas não posso vacilar em confiar apenas nisso. -piscou e tenho certeza que ele não sabe o efeito que isso causou.
O que estava acontecendo? Alguém havia colocado algo no meu café hoje? Desde quando sou encantada pelo Noah?
Isso não, isso nunca!
Não prestei atenção no resto das "informações" que ele passava, a forma como seu maxila se movia estava sendo mais interessante.
Céus, o que estava ocorrendo?Travei quando encarei seus olhos e o peguei no flagra, na mesma situação que eu mas suas íris estavam presas em meus lábios.
-Entendeu? -voltou a olhar para mim.
-Como quer que eu entenda algo quando nem você estava prestando atenção? -pergunto me sentando mais próxima.
De uma coisa eu estava certa.
Não era eu ali.
-Any já disse que não posso... -ele vacilou e olhou para meus lábios de novo.
-Porque? -ele lentamente também se aproximava, tanto, que consegui sentir seu hálito.
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Amados hoje a imaginação explodiu e vou atualizar essa fic o quanto eu puder hoje.Até o próximo ♡
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Wrong Target-Noany
FanficAny Gabrielly, uma garota de 18 anos que já é dona de muitas responsabilidades por ser praticamente órfão. Ela não imaginava que sua vida mudaria radicalmente após ser sequestrada por dois irmãos mafiosos acidentalmente, não imaginava que se sentiri...