Cap.09

2.7K 190 36
                                    

Gente, vocês não sabe o quanto me fazem feliz quando comentam, me dá mais inspiração para continuar.

Pov's Mirella

No dia seguinte aproveitei para visitar a minha avó, pelo o que eu vi a mesma estava muito mais feliz. Segundo ela, agora ela tem amigas que não são jovens rebeldes de 20 anos, ou seja, eu!
E também, uma paquera ganhou uma paquera.

Um senhor idoso bem galanteador, ele usa cadeiras de rodas mas ela disse que isso não o impede de nada.

Nada mesmo.

Volto para o morro depois de ter passado no mercado, aproveito para passar no bar para fechar o caixa.

Porém, assim que me aproximo, encontro a minha mãe conversando com os funcionários.

Meu sangue ferveu e eu marchei até lá batendo o pé.

Mirella: Vaza daqui. - digo de uma vez e ela me olha sorrindo falsamente.

Luísa: Não vou a lugar nenhum. Estou falando com eles de algumas mudanças...

Mirella: Porra nenhuma! A senhora não manda aqui, vai usar outro ponto para vender suas drogas! - me exalto e alguns clientes que restavam ali viraram os rostos para nossa direção. - Estou perdendo a paciência.

Luísa: Relaxa pirralha, podemos administrar juntas.

Mirella: Por quê está fazendo isso, em? - ela fica calada. - Fala!

Luísa l: Terminei com o cara que estava me bancando. - reviro os olhos rindo nervosa. - E esse bar é da minha mãe, tenho mais direito que tu garota.

Mirella: Veremos. - seguro o seu braço com força a puxando dali.

Luísa: Me solta! - me empurra querendo se soltar.

Mirella: Acho melhor achar outro amante para te bancar, mamãe.  - a deixo fora do bar e paro na entrada do mesmo. - Aqui tu não pisa.

Luísa: Temos o mesmo sangue filha, sei como conseguir o que eu quero, igual a você, vamos ver quem ganha. - ela joga seu cabelo, falso, se vira e sai rebolando.

Patética.

Vou até onde estava os funcionários que cochichavam baixo.

Mirella: Olha só, ignorem aquela mulher, ela não manda em porra nenhuma. - aviso e eles assentem. - Podem ir para casa, eu fecho tudo, obrigada.

Espero todos saírem, atendo os últimos clientes e depois tranco tudo.

Mando uma mensagem para o Rafa perguntando se já posso ir trocar seus curativos e ele confirma, por isso pago um mototáxi e sigo para sua casa.

[...]

Acabo de limpar seu ferimento e jogo as coisas que usei no lixo, fecho o curativo e logo depois o Rafael coloca novamente a camisa se ajeitando na cama.

Rafael: O negócio da tua mãe, sabe que eu posso dar um jeito nela, né? - ele me olha e eu nego.

Mirella: Não quero que a machuque, infelizmente eu sai dela, minha avó surtaria. - digo.

Rafael: E vai fazer o quê? - pergunta.

Mirella: Esperar. - suspiro me sentando na cama. - Esperar até ela arranjar algum macho e esquecer o bar. Ela não quer trabalhar, só quer me irritar e ficar com a grana. - digo.

Rafael: Foda. Mas qualquer coisa que aquela velha aprontar, me fala. - dou um sorriso brincalhão.

Mirella: Vai fazer o quê com um ferimento ainda cicatrizando no peito? - pergunto.

Ele se aproxima.

Rafael: Vou chegar e, atacar ela! - então o Rafael me puxa e começa a fazer cócegas em mim quase me deixando sem ar.

É engraçado como conseguimos criar uma amizade legal mesmo depois de tudo que aconteceu.

Ele foi muito prestativo a me ajudar nesse dois anos, e no decorrer do tempo acabamos ficando bem amigos, eu só conhecia o lado safado dele (mesmo que ele ainda tenha) mas agora vejo o lado divertido dele.

Consigo me desvencilhar dos seus braços e me afasto batendo nele.

Mirella: Vai magoar a ferida, idiota. - ele volta a se deitar rindo. - Vem cá, Rafa...cadê a Tati? - pergunto e ele suspira fechando os olhos e colocando os braços atrás da cabeça.

Rafael: Tu sabe que ela viajou para estudar, né. Tá a um tempão lá, só me manda foto dos lugares e como tá feliz. Porra, também tô felizão pela minha mina, mas não é a mesma coisa, entende? Tá afastada, faz meses que não nos falamos de verdade, já disse para ela que ralação a distância eu não curto, só deixei por quê ela queria muito e eu não prendo ninguém, mas também, não vou ficar parado né, ela tá curtindo e eu também. - dá de ombros.

Mirella: Te entendo. - levanto a perna apoiando meu queixo em meu joelho.

Rafael: Olha aí, tu tem carteira de motorista, né? - pergunta.

Mirella: Mais ou menos. Não cheguei a pegar minha carteira, mas sei dirigir.

Eu acho.

Rafael: Porra, preciso que tu faça um negócio para pra mim morena.

Mirella: Fala o quê.

Rafael: Meu carro, ainda tá com o Sebastian, tô precisando dele mas não posso sair daqui. - aponta para o curativo.

Mirella: Eu me nego a ir, e nem me force. - cruzo os braços convicta. - Não quero ver a cara daquele pamonha.

Rafael: Por favor, Mi. - ele estica a mão para me tocar mas eu bato nela. - Última coisa que te peço.

Mirella: N A O ~ - soletro e ele bufa.

Rafael: Me fala o que cê quer em troca então.

Mirella: Quer me comprar?

Rafael: Seus serviços sim, mas se tu tiver a venda. - pego um travesseiro e taco no rosto dele.

Mirell: Me respeita que sou mulher de família! - ele gargalha jogando o travesseiro em mim, agarro o mesmo antes que bata em meu rosto.

Rafael: Se todas as nulheres de famílias fossem iguais a tu... - ameaço jogar o travesseiro de novo e ele levanta a mão em rendição. - Por favor Mirella, eu te compro uma barca de açaí.

Hum, tentador.

Mirella: Duas barcas e nada feito. - ele revira os olhos.

Rafael: Por isso que tá gorda. - sussurra.

Mirella: O que disse?

Rafael: Que pode ser. - sorrir claramente mostrando que estava mentindo. - Duas barcas e tu vai buscar a Moana.

Mirella: Moana?

Rafael: Meu carro ué, posso dá o nome para ele não? - seguro o riso.

Mirella: Tipo Moana da Disney?

Rafael: Que Disney? Disney nenhuma. - ele pigarreia se esticando até o criado mudo, ouço um barulho de chave e logo ele volta com uma chave de carro na mão.

E advinhem qual era o chaveiro...A Moana da Disney.

Encaro o Rafa com uma sobrancelha erguida e ele apenas desvia o olhar, pego a chave de sua mão.

Mirella: Beleza, vou buscar a Moana, mas quando eu voltar quero minhas duas barcas, inteiras! Nem ouse pegar nenhum moranguinho nem nenhuma cobertura do açaí. - aponto.

Rafael: Valeu, chata. - mostro a língua para o mesmo que rir.

Me levanto levando comigo a caixa de primeiro socorros que eu havia usado.

Deixo a mesma no armário da cozinha onde eu havia pego e depois saio.

Chamo novamente um mototáxi e sigo para o apartamento do engomadinho.

Próximo capítulo ainda hoje!

Meu RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora