Cap.40

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Pov's Vicente.

Eu ouvi um amém?! Obrigada viu escritora, por ter me ignorado esse tempo todo.

...

Entro no restaurante dos meus pais encontrando o mesmo lotado. Eu deveria está no caixa hoje? Deveria. Mas nada que um devedor de favor não fique no meu lugar.

Vicente: Amada, tô indo pro brega. - passo pela minha mãe que me olha colocando as mãos na cintura.

Ana: Que brega menino? Se respeite. - eu ri.

Vicente: Lá pro Alemão mulher, volto mais tarde. - seguro seu rosto dando um beijo estalado em sua bochecha, minha mãe faz uma careta me dando um tapa em seguida. - Grossa agreste.

Ana: Vá se converter.

Saio dali pegando a chave do carro do meu pai, eu não pedi pra ele, mas o velho que lute.

Entro no carro dando partida ao som de IZA.

Assim que chego, estaciono perto do morro e vou andando mesmo, preciso malhar as pernas. Já na entrada eu passo por um bando de macho escroto que zomba da minha sexualidade, pra mim é tudo incubado.

Ouço me chamarem mas ignoro já reconhecendo a voz, apresso os passos até sentir segurarem meu braço.

Michel: Vicente. - bufo e reviro os olhos me virando para ele. - Tu sumiu.

Encaro aquele homem em minha frente. Eu tenho um ódio tão grande por ele que me dá até tesão. Já ficamos algumas vezes, mas quando perguntam para ele, sempre jura de pés juntos que nada rolou.

Vicente: Trouxe pão velho não. - ia voltar a andar mas sinto ser segurado novamente. - Se não me soltar eu grito dizendo que homofobia. - ameaço.

Michel: Quê? - me olha sem entender.

Além de bonito é burro.

Vicente: Michel querido, você tá apertando meu braço. - aponto e só assim ele me solta. - Agradecido.

Michel: Queria conversar contigo. - se aproxima olhando pros lados. - Bora para lá.

Ele aponta para um beco e eu arregalo os olhos.

Vicente: Quer me estuprar é? - cruzo os braços.

Michel: Deixa de escândalos. - ele pigarreia quando alguém passa por nós. Reviro os olhos, patético. - Bora Vic.

Vicente: Meu filho, vou não, beco é sinal de putaria e eu sou crente da igreja evangélica do senhor, estou no "resolvi esperar". - vejo ele segurar o riso. - E também, cansei dessas suas crises de sair do armário. - o pouco do sorriso dele se fecha.

Michel: Que sair do armário o quê, eu não sou gay não. - dou uma risada irônica.

Vicente: E eu sou hétero.

O Michel bufa colocando a mão na cintura. Essa pose de bandido dele, Gzuis.

Em um movimento rápido ele coloca as mãos em minhas costas e me puxa para o beco mais próximo, eu ia gritar mas ele tampa a minha boca e só solta a mesma quando ele me prende na parede do beco se encostando em mim.

Prendo a respiração quando ele passa sua barba em meu pescoço e sua ereção em minha perna.

Michel: Tu é legal pô, só gosto de ficar com tu. - ele diz baixo perto do meu ouvido me fazendo arrepiar.

Vicente, se controla.

Vicente: Que pena. Agora só dou se me  pagar. - ele levanta uma sobrancelha deixando seu rosto bem perto do meu.

Meu RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora