Capítulo 11

128 19 1
                                    

Eu não posso acreditar que Ariel fez isso!
Pisquei rápido várias vezes e então li novamente seu twitter. Bem, ele realmente tinha feito isso.
Rapidamente, abri os comentários. Como esperado, tinha várias pessoas o xingando, e algumas até jogaram palavras de ódio contra Larry, Aurora e até mesmo eu, me acusando, já que eu e ele estávamos tendo encontros. Como as pessoas conseguem ser tão cruéis? E, principalmente, por que Ariel decidiu contar toda a verdade? Como ele está se sentindo agora?
Saio imediatamente da rede social e disco seu número em meu telefone, esperando ele atender. E ele atendeu, no terceiro toque.

— Lo?

— Por que você fez isso?

— Ah, parece que já leu meu twitter, certo?

— É, eu li. Li os comentários horríveis também.

— Lo, não se preocupe, ok? Eu não dou a mínima para os comentários — suspirou. — E eu não aguentava mais essa mentira. E, de alguma forma, todo mundo já sabia a verdade, apenas estou confirmando! Eu sou gay, Aurora nunca foi minha namorada e sim a de Larry.

— Mas você realmente está bem com isso?

— Eu estou bem, Lo.

Olhei em volta do meu quarto, ainda tentando me acalmar do choque que levei. Agora todo mundo sabe.

— Ari.

— O que?

— Pode vim aqui?

— Agora?

— É, agora.

— Ok, eu acho que só vou tomar café primeiro, já que você me acordou.

— Desculpa — comecei a me sentir idiota. — Vem aqui, eu faço café pra nós dois, ainda não tomei mesmo.

— Ok, chego aí dentro de 20 minutos.

— Beleza.

Ele desligou e então eu sai da cama. Coloquei uma roupa melhor, arrumei meu cabelo e lavei meu rosto. Então, fui preparar umas panquecas.
Quando escutei o toque da campainha, já estava tudo pronto. Coloquei as panquecas na mesa e fui atender.
Assim que vi Ariel, parado ali, com um sorriso, o abracei, talvez um pouco forte, já que ele começou a reclamar de falta de ar e então o soltei.

— Que abraço de urso foi esse? — ele riu.

— Desculpe, eu só quero ter certeza que você está bem depois de ter contando a verdade para todo mundo.

— Eu estou bem, Lo, o que doía mesmo era esconder tudo de todos.

— Mas as pessoas...

— Eu quero que as pessoas se fodam, Lo. Eu vou continuar dançando.

Sorri e o convidei para entrar.

— Eu fiz panquecas para a gente.

— Eu amo panquecas! — exclamou e se sentou para comer. Também me sentei e tomamos nosso café da manhã.
Eu comecei a contar aquilo como um quarto encontro. E, talvez, já é uma boa hora pra um beijo no quarto encontro.
Então, como se Ariel tivesse lido meus pensamentos, ele afastou a xícara de café dos meus lábios e soltou a pergunta:

— Eu posso te beijar?

— Claro.

Ele sorriu. Eu sorri. Nos beijamos. Foi incrível. Depois nos beijamos de novo, e de novo, e de novo, e de novo. Terminamos de tomar café e ele foi embora, com um beijo de despedida bem nos meus lábios. Eu podia beijar Ariel para sempre.
Sentei de frente para meu computador e então escrevi o último poema que faltava para concluir meu livro.

  Te ver dançar pela primeira vez
  Foi como mágica
  Seu corpo parecia poesia
  E eu amo poesia
  Eu amo o jeito que você dança
  Acho que amo você.

Dança do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora